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Urgência hospitalar das Caldas da Rainha já está a funcionar normalmente

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A situação de constrangimento vivida pelo Hospital das Caldas da Rainha foi ultrapassada e o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica já retomou o normal funcionamento, informou em nota enviada ao ALVORADA o CHO - Centro Hospitalar do Oeste. Recorde-se que conselho de administração da estrutura que abrange os três hospitais oestinos tinha decidido pedir ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica para reencaminhar os doentes críticos que chegassem em ambulância de socorro para outros hospitais por sobrelotação da urgência e do internamento da unidade hospitalar das Caldas da Rainha.

Em comunicado, o CHO diz que “importa esclarecer que a Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Caldas da Rainha não esteve encerrada. No entanto, no dia de ontem, devido a uma afluência elevada, foi solicitado ao CODU/INEM o encaminhamento de doentes urgentes e emergentes para outras unidades hospitalares, de acordo com a situação clínica. Todos os doentes que se deslocaram por si à urgência foram admitidos”. O Gabinete de Comunicação do CHO garante que “neste momento, a situação encontra-se estabilizada, alguns doentes já tiveram alta clínica, e a urgência está a funcionar normalmente e o reencaminhamento de doentes já foi suspenso”. “Neste contexto, o Conselho de Administração deixa uma mensagem de agradecimento aos profissionais do CHO, que neste quadro estão sob grande pressão e a dar o seu melhor”, sublinha a instituição pública.

Segundo tinha sido esta manhã justificado à agência Lusa pela presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, a decisão tinha sido tomada pelo facto de que “estamos no pico da gripe, temos tido uma afluência fora do normal e a urgência está sobrelotada desde o Natal, tendo a situação se agravado esta segunda-feira”, justificou. A responsável esclareceu que, apesar da situação, todos os utentes que se dirigiram por si à urgência continuaram a ser atendidos, sublinhando que apenas estiveram a ser reencaminhados os doentes críticos.

Elsa Baião explicou que a unidade de Caldas da Rainha do CHO estava “sem camas [vagas] quer na urgência, quer no internamento”. Por esse motivo, os médicos estiveram a tentar "dar alta a doentes com situação clínica mais estável”. Devido à gripe, o plano de contingência do CHO foi accionado desde o início do mês com a abertura de mais camas em vários serviços. O plano prevê 33 camas distribuídos pelas três unidades: Caldas da Rainha (12), Torres Vedras (16) e Peniche (5). “Todas as camas de internamento estão abertas e, se for necessário, será activado o próximo nível, que consiste no reforço de 10 camas de retaguarda em unidades de saúde externas”, esclarece o comunicado do CHO.

Recorde-se que o CHO integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes destes três concelhos, assim como de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com excepção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).

Segundo revelou o semanário ‘Gazeta das Caldas’, o CHO lançou no passado dia 2 o anúncio de concurso urgente para aquisição de camas de rectaguarda para fazer face a eventuais acréscimos de internamento, tal como sucede neste momento com o pico da greve. Estas camas destinam-se a utentes com alta clínica e que se mantêm internados essencialmente por motivos sociais.

Notícia actualizada às 17h10.
Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)