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Serviço de Apoio Psicológico a trabalhadores de IPSS’s que trabalham com idosos disponibilizado pelo Município da Lourinhã

cml

Disponibilizar sessões de suporte psicológico aos trabalhadores que actuam nas Instituições Particulares de Solidariedade Social para idosos do concelho da Lourinhã é o objectivo da Câmara Municipal ao criar este projecto piloto destinado aos funcionários que apresentem sinais de burnout ou níveis de stress diários elevados, resultado das condições actuais de desempenho em contexto de pandemia por Covid-19.

Num comunicado enviado ao ALVORADA, a autarquia explica que este projecto surgiu devido “à pressão” a que estão sujeitos os profissionais que actuam nestas instituições no âmbito do actual contexto pandémico, “e de acordo com a política de acção social” desenvolvida pelo Município da Lourinhã.

Este suporte será prestado por um psicólogo da Câmara Municipal, habilitado para o efeito, sendo considerado uma intervenção de crise/emergência e realiza-se através de sessões online voluntárias, por marcação prévia e em horário a agendar, com a duração estimada de 30 minutos (adaptável às diversas situações), de carácter privado e sigiloso.

Segundo a autarquia, as sessões destinam-se “apenas a quem sentir essa necessidade”, no respeito pela opção individual, “não devendo ser requisitadas pela própria instituição”, sendo que se privilegiam sessões presenciais por via digital, realizadas em sala própria para o efeito, na própria instituição, sendo ainda possível a realização das mesmas por via telefónica, sujeita a agendamento prévio, para casos que, por algum motivo, não se coadunem com o atendimento online.

As sessões poderão ser agendadas no período entre as 8h30 e as 17h00, todos os dias úteis semanais, podendo ser facilitado outro horário, com acordo prévio entre as partes, para casos excepcionais que vejam impossibilitada a sua participação. “Não existe qualquer compromisso na regularidade das sessões, estando a periodicidade das mesmas sujeita a aferição, consoante cada situação específica”, adianta o comunicado.

As sessões disponibilizadas não consistem em consultas de acompanhamento em psicologia clínica ou psicoterapia para tratamento de qualquer perturbação do foro psicológico existente anteriormente à pandemia, “embora estas possam ser abordadas, caso sejam agravadas por novos sintomas de stress psicológico decorrentes do actual contexto”.

Em possíveis casos onde seja apurada a necessidade de um acompanhamento regular em saúde mental de natureza clínica, “a pessoa será informada das opções disponíveis a nível local/nacional e vias de acesso às mesmas”.

O atendimento realizado rege-se pelos mesmos princípios éticos definidos pelo Código Deontológico definido pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, para o exercício da actividade profissional em Psicologia, “em que o psicólogo tem a obrigação de assegurar a manutenção da privacidade e confidencialidade de toda a informação a respeito do seu cliente, obtida directa ou indirectamente, respeitando as situações específicas em que a confidencialidade apresenta algumas limitações éticas ou legais, nomeadamente ameaças à integridade física ou psíquica do próprio cliente ou de outros”, clarifica o documento.

Quando serviços ou informação são fornecidos através de meios informáticos, o trabalhador é informado sobre eventuais riscos e limitações relativos à manutenção da privacidade e confidencialidade, tentando que qualquer quebra na confidencialidade seja salvaguardada.

A utilização deste apoio implicará a necessidade de um consentimento informado simples, disponibilizado ao trabalhador de modo a garantir que este seja informado apropriadamente quanto à natureza da relação profissional e assegurando, por escrito, que expressou o seu acordo livremente.

Os contactos disponíveis para inscrição ou obtenção de informação sobre as sessões de suporte psicológico, são: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou 261 410 178.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)