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Novo presidente do Politécnico de Leiria aponta estratégia contra abandono escolar

IPL

O novo presidente do Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, que hoje tomou posse, aponta como uma das suas prioridades estratégicas o combate ao abandono escolar e ao insucesso académico.

A ameaça do abandono escolar e do insucesso académico agravou-se com a pandemia e poderá ser exponenciado com o impacto económico da actual guerra na Ucrânia, carecendo de uma atenção redobrada”, afirmou Carlos Rabadão no seu discurso de tomada de posse, que decorreu hoje na Escola Superior de Tecnologia e Gestão.

O presidente, que sucedeu a Rui Pedrosa, disse que pretende “adoptar uma atitude de maior proximidade para com os estudantes, tanto ao nível dos serviços de apoio e de orientação académica, como através da criação de um programa institucional de acolhimento e de integração”.

Os nossos estudantes chegam com diferentes níveis de conhecimento. Uns vêm de cursos profissionais, outros dos TESP [cursos técnicos superiores tecnológicos], concursos especiais M23 ou concurso nacional. Temos de olhar para isso e refletir como é que podemos puxar pelos alunos. O que acontece é que os alunos sentem dificuldade no primeiro momento e vão embora”, acrescentou Carlos Rabadão à margem da tomada de posse.

O presidente pretende ainda “mexer na metodologia de ensino, torná-lo mais aplicado, mais virado para a prática, para o projeto, que é o caminho que está a seguir a educação em todo o mundo”.

Tornar o Politécnico “mais verde” é um desígnio deste mandato, “que será concretizado com um plano de arborização e regeneração dos espaços exteriores”, garantindo ainda um compromisso “claro e inequívoco com a neutralidade carbónica”.

O presidente salientou a promoção de “iniciativas regulares” para fomentar os "princípios de inclusão, voluntariado e dignidade humana”, nomeadamente, "na prevenção e combate ao assédio, de promoção da igualdade de género e de respeito pela orientação sexual”.

O professor vai continuar a luta para que o Politécnico de Leiria seja universidade. “Reunimos as condições para sermos uma universidade completa, que, para além do ensino politécnico, ministre também o ensino universitário, à semelhança do que acontece em algumas universidades portuguesas, podendo outorgar todos os graus académicos”. Este desígnio, defendeu, irá “aumentar a percepção social da relevância e da qualidade do ensino superior nesta região” e “atrair mais talento e financiamento competitivo”.

Considerando que a instituição de ensino superior deve “continuar a afirmar-se como uma instituição de ensino e investigação de referência nacional e internacional”, Carlos Rabadão prometeu adoptar um “novo paradigma da presença” do Politécnico de Leiria nas empresas, autarquias, escolas e sociedade civil, de modo a “auscultar o pulsar das necessidades e desafios da região”. “Teremos de ter um acompanhamento permanente para sentirmos efectivamente as reais necessidades das empresas e recolhermos indicadores que nos permitem saber qual o impacto que está a ter a nossa participação”, adiantou, revelando que a intenção de criar um observatório que possa acompanhar os estudantes no mercado de trabalho e medir o impacto. Segundo Carlos Rabadão essa informação irá permitir adaptar a oferta formativa. “Sem informação decidimos um pouco às escuras”.

O Politécnico de Leiria está presente na nossa região com estabelecimentos de ensino em Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras.

Texto: ALVORADA com agência Lusa