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Apresentado em Lisboa o projecto de reabilitação do Forte de Paimogo

Joao Duarte carvalho e EEA Grants

O projecto de reabilitação do Forte de Paimogo e do espaço envolvente, cujas obras estão orçadas em 882 mil euros, contará com um cofinanciamento a fundo perdido de 750 mil euros pelo programa europeu EEA Grants, anunciou hoje o Ministério da Cultura. Trata-se de um dos seis projectos de reabilitação e revitalização do património cultural costeiro de Portugal, orçados em mais de sete milhões de euros, dos quais quatro milhões são financiados pelo EEA Grants, foram hoje apresentados em Lisboa.

‘Coastal Memory Fort’ é o nome do projecto candidatado pelo Município da Lourinhã e visa a reabilitação do monumento setecentista e da área envolvente, bem como a revitalização do espaço através do desenvolvimento de actividades com a comunidade local e escolar e de promoção do turismo. No edifício, que renascerá como “forte das memórias” vai incluir gestão participativa/partilhada com a comunidade local, informa a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), na qualidade de operador do Programa Cultura do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (2014-2021), conhecido por EEA Grants, que promoveu hoje a apresentação dos destalhes dos seis projectos aprovados, numa sessão pública no Museu Nacional de Etnologia (presencial e por ‘streaming’), em Lisboa. São parceiros do Município da Lourinhã neste projecto a Universidade de Oslo e Stiftelsen Museum Nord, ambos das Noruega, e ainda o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I.P., COFAC - Cooperativa de Formação e Animação Cultural CRL - Universidade Lusófona, Centro de Estudos Históricos da Lourinhã e União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia. Marcaram presença nesta sessão, pela Câmara Municipal da Lourinhã, o presidente João Duarte Carvalho e o vereador João Serra.

Estes projectos de desenvolvimento local, cujos contratos foram assinados no final de Julho, são focados na valorização da identidade das comunidades costeiras, enquanto testemunho de um património vivo ligado ao meio marítimo, envolvendo 30 entidades portuguesas, 12 norueguesas e 2 islandesas, e abrangendo quatro regiões do país (um nos Açores, dois no Centro, um no Norte e dois na Área Metropolitana de Lisboa).

Os preponentes têm agora até Abril de 2024 para desenvolver e concretizar os planos. O cofinanciamento europeu dos projectos ronda os 4,36 milhões de euros e centra-se no eixo de Património Cultural Costeiro, mas o valor total envolvido é superior a 7,5 milhões de euros, de acordo com os números hoje divulgados pela coordenadora do programa do EEA Grants e disponíveis na página do Governo relativa a este programa.

Em causa estão projectos de requalificação e revitalização de património que constituiu um “importante testemunho cultural e histórico” das actividades costeiras tradicionais, como é o caso do forte de Paimogo, no concelho da Lourinhã, das práticas marítimas ancestrais em Sesimbra, do sal artesanal da Figueira da Foz, do património costeiro de São Miguel, da construção naval de Madeira em Vila do Conde, e das tradições marítimo-fluviais de Porto Brandão.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados