Presidente da República promulga aumento do salário mínimo para 820 euros em 2024
- Sociedade
- 10/11/2023 18:40
O Presidente da República promulgou hoje o aumento do salário mínimo nacional dos actuais 760 euros para 820 euros a partir de Janeiro de 2024, decreto aprovado na quinta-feira pelo Governo, disse à Lusa fonte de Belém. "O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que aumenta o salário mínimo nacional", lê-se numa nota, com apenas uma frase, entretanto publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
Na quinta-feira, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, foi aprovado o "o decreto-lei que determina o aumento do salário mínimo nacional para os 820 euros a partir de 1 de Janeiro de 2024, em cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito do Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade". "Este aumento representa um acréscimo de 60 euros mensais e corresponde ao maior aumento da retribuição mínima mensal garantida alguma vez verificado, de 7,9%", assinalou o Governo, no comunicado.
Esta promulgação acontece num contexto de crise política, em que o primeiro-ministro apresentou a demissão na terça-feira, que foi aceite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mas ainda não oficializada em Diário da República, momento a partir do qual o Governo ficará limitado a actos de gestão.
Na comunicação que fez ao país, na quinta-feira, o chefe de Estado informou que irá adiar o processo de demissão do Governo para permitir a aprovação e entrada em vigor da proposta de Orçamento do Estado para 2024, que tem votação final global marcada para 29 de Novembro.
A actualização do salário mínimo nacional é fixada por decreto do Governo, após ouvidos os parceiros sociais.
O valor de 820 euros para o próximo ano consta do acordo assinado em Outubro em sede de concertação social entre Governo e parceiros sociais, à excepção da CGTP e da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que ficaram de fora.
Texto: ALVORADA com agência Lusa