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Termas de Portugal querem sensibilizar médicos para aumentar prescrição de tratamentos termais

Termas do Centro

A Associação das Termas de Portugal alertou hoje para a necessidade de se sensibilizar os médicos para a prescrição de tratamentos termais, no âmbito da inclusão destas terapêuticas no regime geral de comparticipações, a partir de Janeiro de 2024.

O secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa, admitiu hoje “a expectativa de que o facto de as comparticipações passarem a estar enquadradas no regime geral de comparticipações [do Serviço Nacional de Saúde], e não como um projecto-piloto [iniciado em 2019 e que termina a 31 de Dezembro], possa constituir uma mudança significativa em termos de perceção por parte da classe médica prescritora”.

A comparticipação dos tratamentos termais, implementada como projecto-piloto em 2019, resultou “num crescimento de 30% por parte do termalismo terapêutico” o que, no entender do líder da associação, demonstra "a relevância das comparticipações para o desenvolvimento deste sector, também do ponto de vista económico”.

João Pinto Barbosa espera agora que, “por via da passagem para um regime permanente, possa haver uma maior apetência da classe médica prescritora para poder prescrever tratamentos termais como uma terapêutica recomendável para patologias essencialmente crónicas”.

Esta será uma das temáticas em discussão no Congresso Termas de Portugal, que decorrerá nas Caldas da Rainha, nos dias 19 e 20 de Outubro, depois de se ter realizado pela última vez em Chaves, há quatro anos. A iniciativa, apresentada por João Pinto Barbosa, no Hospital Termal das Caldas da Rainha, será marcada pela primeira reunião do grupo de trabalho interministerial coordenado pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, e que integra, além da Associação das Termas de Portugal, várias entidades regionais e de turismo. O grupo irá “reflectir sobre o enquadramento legal deste sector e propor medidas para a dinamização socioeconómica do termalismo e dos territórios termais”, disse João Pinto Barbosa, destacando ainda como momentos marcantes do congresso a apresentação do ‘master plan’ das Termas das Caldas da Rainha, concessionadas pelo estado à autarquia.

Ao longo de dois dias, os congressistas irão participar em seis painéis de discussão de “temas âncora” como a estruturação da oferta termal, modelos de negócio inovadores, oportunidades de investimento, formação e a promoção da saúde e estilos de vida saudáveis. Do programa faz ainda parte a apresentação das conclusões de um estudo epidemiológico em termas portuguesas.

A expectativa de organização é de que participem no evento mais de 200 congressistas, disse o responsável pelo congresso em que a associação investiu cerca de 30 mil euros, parte dos quais comparticipados por parceiros, como a Câmara das Caldas da Rainha, que assegurou o pagamento de 18 mil euros. O congresso decorrerá no Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados (arquivo)