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Greve ao trabalho suplementar na Barraqueiro Oeste com grande adesão segundo sindicato

Barraqueiro

A greve ao trabalho suplementar que está a ser realizada até domingo pelos trabalhadores das transportadoras Barraqueiro Oeste e Boa Viagem, a sindicalista Anabela Carvalheira afirmou à Lusa que “está a ter uma forte adesão”, sobretudo na Barraqueiro Oeste. Contudo, admitiu que estes trabalhadores “vivem infelizmente muito do trabalho suplementar” e que esta forma de luta “para os trabalhadores representa uma redução muito grande no seu rendimento mensal”. “Não é porque lhes reduzem o ordenado por causa de uma greve, mas porque deixam de ganhar aquilo a que estão habituados a fazer durante todos os meses”, disse.

Estes trabalhadores reivindicam o cumprimento, por parte do Grupo Barraqueiro, de acordos assumidos em 2022 e que se prendem com a aplicação do aumento do subsídio de refeição, que actualmente “é muito baixo”. Pretendem ainda a redução do intervalo de refeição de três para duas horas.

A Barraqueiro Oeste assegura as ligações a Lisboa e os transportes locais dos concelhos de Torres Vedras, parte da Lourinhã, Cadaval e Bombarral (distrito de Lisboa). A Boa Viagem é responsável pelo transporte público nos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira e a ligação das sedes destes concelhos a Lisboa. A Rodoviária de Lisboa opera em Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e parte do concelho de Mafra.

Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa decidiram hoje esperar até Setembro por uma resposta da empresa a propostas de aumento do subsídio de refeição e de redução do intervalo para descanso, disse à Lusa fonte sindical. Segundo Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), nos plenários realizados em Vila Franca de Xira, Santa Iria de Azóia, Bucelas, Caneças e Sacavém, e que levaram à paralisação do serviço durante a manhã de hoje, os trabalhadores concordaram com as propostas apresentadas à empresa relativamente ao aumento do subsídio de refeição e à aceitação de uma forma faseada da redução do intervalo de descanso para refeições de três para duas horas. “No entanto, vamos esperar que passe o mês de Agosto, esperando que em Setembro a RL responda à proposta que apresentámos em Julho. Em Setembro, se nenhuma destas situações for concretizada, voltaremos a plenário com os trabalhadores e eles decidirão novas formas de luta”, afirmou a sindicalista.

Anabela Carvalheira afirmou ainda que irá ser “levantado um processo em tribunal relativamente à falta de pagamento aos trabalhadores das refeições” que constam no contrato colectivo de trabalho (CCTV), “que complementam o subsídio de refeição e que até ao momento não estão a ser pagas”. “Quero acreditar que a entidade patronal perceberá o que está em cima da mesa e que em tempo útil irá dar uma resposta”, considerou a sindicalista.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados