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PCP exige ao Governo medidas para evitar adiamentos sucessivos na construção do novo Hospital do Oeste

PCP

O PCP exigiu hoje que o Governo anuncie medidas concretas sobre a construção do Novo Hospital do Oeste (NHO), no Bombarral, para garantir a concretização da obra durante a actual legislatura e evitar sucessivos adiamentos.

As populações do Oeste têm uma vasta e negativa experiência em ouvir sucessivos anúncios do Governo sobre investimentos estruturais que se arrastam na sua realização como é bem patente no caso da modernização da linha do Oeste que continua por concretizar”, refere o PCP, em comunicado conjunto das organizações de Lisboa e de Leiria, defendendo que o anúncio da construção do NHO seja “acompanhado por medidas concretas que garantam a sua concretização”.

Numa referência ao anúncio, na terça-feira, do ministro da saúde, Manuel Pizarro, sobre a construção do futuro hospital no Bombarral, no distrito de Leiria, o PCP critica o governante por não ter deixado claras “as medidas para a sua concretização”, nomeadamente “quanto à decisão no Conselho de Ministros e ao Orçamento do Estado para garantir a sua construção e gestão públicas”.

Reconhecendo como “urgente a construção e funcionamento de uma unidade com mais de 400 camas, que alargue as especialidades/valências existentes e garanta capacidade de internamento não existente para várias especialidades”, o PCP alerta que a empreitada tem de ser acompanhada por uma “intervenção nas instalações do actual Centro Hospitalar [do Oeste]”, bem como um “reforço dos cuidados de saúde primários e de rectaguarda, entre outras necessidades”.

Na nota, os comunistas defendem ainda que o modelo de financiamento do novo hospital seja de “construção e gestão públicas, com autonomia, com a participação dos utentes e profissionais” e não uma Parceria Pública Privada (PPP), como PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal querem “impor”.

A construção do NHO “é para servir as populações e não para alimentar mais um negócio em benefício dos grupos privados que já absorvem quase metade da despesa do país com cuidados de saúde”, sublinha o PCP, considerando que é preciso “dar resposta à necessidade de atrair e fixar médicos, enfermeiros, técnicos e outros trabalhadores” através de medidas como a “valorização dos salários e das carreiras”.

O NHO substituirá o actual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras. Estas unidades têm uma área de influência constituída por estes concelhos e os de Óbidos, Bombarral (ambos no distrito de Leiria), Cadaval e Lourinhã (no distrito de Lisboa) e de parte dos concelhos de Alcobaça (Leiria) e de Mafra (Lisboa), abrangendo cerca de 300 mil habitantes.

Texto: ALVORADA com agência Lusa