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Requalificação reforça posicionamento estratégico do Museu Malhoa nas Caldas da Rainha assume secretária de Estado

Museu Jose Malhoa CR

A secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, afirmou hoje que a requalificação do Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, num investimento superior a 410 mil euros, vai potenciar o seu posicionamento estratégico a nível regional e nacional.

“Esta requalificação irá potenciar ainda mais o lugar central que este museu ocupa, estimulando a curiosidade e o diálogo com os diferentes públicos, mas também o seu posicionamento estratégico na região, no território e na afirmação dos museus enquanto lugares de conhecimento e bem-estar”, salientou Isabel Cordeiro, nas Caldas da Rainha, onde presidiu à assinatura do auto de consignação da empreitada de requalificação do Museu José Malhoa.

De acordo com a governante, o museu “ocupa no panorama museológico nacional uma centralidade invulgar”, já que foi o primeiro edifício projetado e construído de raiz como museu e integra o maior núcleo reunido de obras (de pintura e escultura) do seu patrono. Circunstância que lhe confere “um papel central num itinerário nacional” e que justifica “uma satisfação redobrada” com o início da requalificação, “antecipada em cerca de seis meses em relação ao previsto no calendários e metas” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em que a intervenção se insere, acrescentou Isabel Cordeiro.

A obra, no valor de 410.471,96 euros, resulta de um concurso público lançado pela Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), depois de ter sido efectuado “um rigoroso levantamento das patologias do edificado”, afirmou a directora deste organismo, Susana Menezes.

As maiores fragilidades identificadas prendem-se com a cobertura e o sistema de drenagem de águas pluviais, responsáveis por infiltrações que põem em causa a conservação do acervo. A intervenção, adjudicada à empresa Bel Heritage - Construção e Intervenção no Património, vai incidir na substituição dos painéis de policarbonato da cobertura e na substituição dos revestimentos em telha cerâmica por outros em chapa de zinco.

A obra passa ainda por ações de conservação e desinfestação preventiva dos materiais da reserva do museu e pela reparação dos sistemas eletromecânicos.

A este investimento, com um prazo de conclusão de 10 meses, juntar-se-á outro no domínio da transição digital que, segundo a diretora da DRCC, “permitirá a instalação de ‘wi-fi’ e soluções de interatividade no museu, a criação de uma visita virtual e a digitalização de 1.546 peças de acerco, em 2D e 3D” que passarão a estar disponíveis ao público. Os procedimentos concursais para estas áreas de investimento deverão, segundo Susana Menezes, ser abertos ainda este mês.

A requalificação do Museu José Malhoa insere-se no PRR, um programa de âmbito nacional, com um período de execução até 2026, que vai implementar um conjunto de reformas e de investimentos destinados a impulsionar o país no caminho da retoma, do crescimento económico sustentado e da convergência com a Europa ao longo da próxima década, tendo como orientação um conceito de sustentabilidade inspirado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Na componente património-cultural estão previstas intervenções em 46 museus, monumentos e teatros nacionais sob tutela da Direção Geral do Património Cultural e das direções regionais de cultura, com um valor global de 150 milhões de euros. Na região centro são contempladas as ruínas de Conímbriga, o Museu Nacional Machado de Castro e o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra), o Convento de Cristo (Tomar), o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça, o Museu de Lamego (associado à Direção Regional de Cultura do Norte), o Museu José Malhoa (Caldas da Rainha) e o Museu Nacional Grão Vasco (Viseu).

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados