Oeste com 65 equipas permanentes de bombeiros no dispositivo de combate a incêndios que entra hoje na capacidade máxima
- Oeste
- 01/07/2024 11:05
O dispositivo de combate a incêndios rurais é hoje reforçado para entrar na sua capacidade máxima, passando a estar em prontidão 14.155 operacionais, 3.162 equipas e 3.174 viaturas com os meios aéreos a poderem chegar aos 72. A Directiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, indica que os meios são reforçados hoje pela terceira vez este ano com a entrada em vigor do denominado ‘reforçado - nível Delta’, que se prolonga até 30 de Setembro.
Nos próximos três meses, vão estar operacionais 14.155 efectivos, 3.162 equipas e 3.174 veículos, números que podem aumentar em caso de necessidade, uma vez que o DECIR deste ano prevê a mobilização de meios adicionais para responder a situações mais graves. Nesta situação, o número de elementos em combate pode ultrapassar os 20.000, um reforço que é feito sobretudo com os bombeiros voluntários.
Em relação à região Oeste, de acordo com o DECIR, os meios alocados nesta fase passam por 65 equipas constituídas por 289 bombeiros e 69 veículos nos 12 concelhos. Estes operacionais integram as diferentes equipas de intervenção permanente, de combate a incêndios, logística, comandantes permanentes de operações e pessoal logístico dos diferentes corpos de bombeiros. Juntam-se ainda os sapadores florestais do dispositivo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, da Guarda Nacional Republicana (SEPNA e Unidade de Emergência de Protecção e Socorro) e AFOCELCA (Agrupamento Complementar de Empresas para Protecção Contra Incêndios). Há quatro municípios oestinos que integram o DECIR com máquinas de rasto: Alenquer, Arruda dos Vinhos, Lourinhã e Torres Vedras. Para o comandante sub-regional de Emergência e Protecção Civil do Oeste, Carlos Silva, em declarações ao ALVORADA, considera que se trata de “um dispositivo forte” para que exista “um ataque musculado” no combate inicial aos incêndios.
O DECIR deste ano prevê para este período, que é considerado o mais crítico, 70 meios aéreos, que podem chegar aos 72 com a contratação de dois aviões pesados ‘canadair’, estando o processo de contrato ainda a decorrer. Do total dos operacionais envolvidos, o maior número pertence aos bombeiros (8.061), dos quais 3.794 são das Equipas de Intervenção Permanente, seguido do ICNF (2.430), da GNR (1.946) e da Força Especial de Protecção Civil (216). O dispositivo de combate para este ano aumentou ligeiramente em relação a 2023, à excepção dos meios aéreos, cujo número é idêntico, estando no combate aos fogos mais 261 operacionais, mais 78 equipas e mais 183 viaturas.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que desde o início do ano deflagraram 1.796 incêndios rurais, que consumiram cerca de 2.918 hectares, 56% dos quais referente a matos, 19% a povoamentos florestais e 25% a terrenos agrícolas. No mesmo período de 2023, tinham já ocorrido quase 4.000 incêndios e ardido cerca de 8.800 hectares.