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Iniciada em Peniche a construção de incubadora para economia do mar orçada em 5,7 milhões de euros

smart ocean peniche

A Associação Smart Ocean assina, na sexta-feira, o contrato para iniciar a construção do edifício destinado a incubar empresas ligadas à economia do mar em Peniche, um investimento de 5,7 milhões de euros (ME).

Perspectivamos claramente uma mudança de paradigma daquilo que tem a ver com a exploração dos recursos marinhos, baseada no conhecimento e na inovação, uma vez que este edifício servirá como interface entre a ciência, os empreendedores e o tecido económico já estabelecido”, afirmou à agência Lusa Sérgio Leandro, coordenador científico da associação criada para desenvolver o Parque de Ciência e Tecnologia do Mar de Peniche.

O concurso público foi lançado em Agosto com um custo de 5,6 ME, mas a empreitada vai ser consignada pelo preço de 5,7 ME, adiantou. Com um prazo de execução de dois anos, o edifício vai ser construído dentro do Porto de Pesca de Peniche, ao lado do polo de investigação da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). O SmartOcean Open Labs vai não só “contribuir para a sustentabilidade dos recursos marítimos, mas também para criar todo um contexto de maior atractividade, quer de empresas, quer de investidores e de retenção de competências nesta região”.

Com uma área de três mil metros quadrados, distribuída por dois pisos, o empreendimento tem capacidade para incubar mais de 20 empresas ‘startup’ nas áreas da aquacultura, biotecnologia e inovação alimentar, e prestar serviços de apoio às empresas na fase inicial de crescimento. É composto por espaços de acolhimento empresarial, adaptáveis às necessidades das empresas, escritórios, laboratórios de investigação e zonas de arrumos/áreas técnicas. A infraestrutura vai constituir-se como catalisador de uma economia baseada na exploração sustentável dos recursos marinhos seja por via da atracção de novas empresas, seja por via do desenvolvimento das quatro que já operam dentro do Parque de Ciência e Tecnologia.

Com o projecto do Parque de Ciência e Tecnologia do Mar de Peniche, a área portuária tem vindo a ser transformada, modernizando sectores tradicionais associados à pesca e à indústria de transformação de pescado e criando áreas emergentes, como a aquacultura, a biotecnologia, a inovação alimentar, o turismo costeiro e as tecnologias digitais, alicerçadas na inovação e no empreendedorismo. “Queremos internacionalizar, mas também captar empresas, investimento para Peniche”, disse Sérgio Leandro.

O projecto pretende contribuir para a requalificação urbana da área portuária e para aumentar a empregabilidade. “Temos aqui um duplo objectivo: criar condições para o aumento da empregabilidade dos nossos estudantes e aumentar a atractividade do próprio politécnico para a captação de novos estudantes, quer nacionais, quer internacionais”, afirmou o também director da ESTTM. O investimento ascende a 6,2 ME e é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

A Associação Smart Ocean, constituída em 2017, tem como sócios o município de Peniche, a Docapesca, o IPL, o Biocant - Centro de Inovação em Biotecnologia de Cantanhede, a Associação Empresarial da Região de Leiria, a Associação para o Desenvolvimento de Peniche e a empresa norte-americana Pontos Aqua LLC.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados