Média de espera para doentes urgentes nos três hospitais públicos do Oeste varia entre 17 minutos e quatro horas

Oeste

27/12/2023 11:31

Os tempos médios de espera para doentes urgentes nos serviços de urgência dos três hospitais públicos do Centro Hospitalar do Oeste varia entre 17 minutos no Hospital de Peniche, 1h23m no Hospital das Caldas da Rainha e 4h18 no Hospital de Torres Vedras. Era esta a situação às 11h00 transmitida pelo portal do SNS – Serviço Nacional de Saúde, cujos tempos apresentados referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número apresentado ilustra o número de pessoas que se encontram na altura a aguardar atendimento, após triagem. A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul). Os tempos de espera estipulados em cada categoria é a seguinte: emergente = vermelho = 0 minutos; muito urgente = laranja = 10 min; urgente = amarelo = 60 min; menos urgente = verde = 120 min; não urgente =  azul = 240 min).

No Hospital das Caldas da Rainha estavam quatro pessoas em situação urgente, com tempo médio de espera de 1h23m. Em situação menos urgente estavam cinco utentes com tempo médio de espera de 5h20m. Não havia utentes em situação emergente, muito urgente (o tempo médio de espera era de 25m) e não-urgente.

Quanto ao Hospital de Torres Vedras, estavam em situação urgente quatro utentes com tempo médio de espera de 4h18m, enquanto que sete se encontravam em situação menos urgente, com tempo médio de espera de 29m. Não havia ninguém em situação emergente e muito urgente (tempo médio de espera de 43m).

Em relação ao Hospital de Peniche, estava em situação urgente um utente com tempo médio de espera de 17m, enquanto que 12 foram classificados como menos urgente, com tempo médio de espera de 1h00. Ninguém estava em situação emergente e muito urgente.

Muito diferente é a situação na Grande Lisboa, em que os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais variavam às 8h30 de hoje entre as quase 18 horas, no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e a 01 hora e 06 minutos, no Garcia de Orta, em Almada.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, 60 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 08:30 de hoje no serviço de urgência geral do hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com um tempo médio de espera de 17 horas e 56 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos. No Hospital Santa Maria, o tempo médio de espera era de 07 horas e 53 minutos, estando àquela hora 23 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central, enquanto no serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, 45 pessoas aguardavam com pulseira amarela, com um tempo de espera de 13 horas e 47 minutos. Nos hospitais São Francisco Xavier e Garcia de Orta (Almada), o tempo de espera é de 02 horas e 03 minutos (05 pessoas) e de uma hora e 21 minutos (59), respetivamente.

Na região do Porto, segundo a informação consultada pela Lusa cerca das 09:00, no Hospital S. João, o tempo médio de espera é de 01 hora e 37 minutos para doentes muito urgentes, encontrando-se três pessoas com pulseira laranja e de 02 horas e 19 minutos para doentes urgentes, encontrando-se 10 pessoas com pulseira amarela. No Hospital Santo António, o tempo de espera para doentes urgentes é de menos de uma hora (00:59) e encontram-se à espera oito pessoas, enquanto no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes é de 01 horas e 06 minutos (uma pessoa à espera). No Hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 28 pessoas com pulseira amarela, com tempo de espera de 10 horas e 12 minutos.

Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).

Texto: ALVORADA com agência Lusa.