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Hospitais de Caldas e Torres sem serviço esta noite de algumas especialidades e urgências de Peniche encerradas

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O Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico do Hospital das Caldas da Rainha está esta noite sem serviço de cirurgia geral, o mesmo acontecendo com a especialidade de medicina interna, sendo reencaminhados os doentes para o Hospital de Torres Vedras e para o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Também esta noite o Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do Hospital de Torres Vedras está sem o serviço de pediatria, sendo os doentes reencaminhados para o Hospital das Caldas da Rainha e para o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. O Serviço de Urgência Básica do Hospital de Peniche está desde ontem encerrado, sendo os doentes referenciados para os hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

Recorde-se que a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde divulgou o novo plano de reorganização dos serviços de urgências hospitalares, que indicava que 39 pontos iriam funcionar com limitações nalgumas especialidades até este sábado, devido à falta de médicos para assegurar todas as escalas dos diversos serviços.

Em relação aos três hospitais que integram o CHO - Centro Hospitalar do Oeste, a Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha na última semana teve dificuldades de resposta em ginecologia/obstetrícia, pediatria, ortopedia, medicina interna e cirurgia geral, nalguns dias, com os doentes a terem de ser vistos em Coimbra, no Lisboa Central e em Torres Vedras, consoante a especialidade. Já no Hospital de Torres Vedras as dificuldades de resposta aconteceram no período nocturno da pediatria em três dias, numa noite na ortopedia e noutra noite na medicina interna. Os doentes passaram para o Hospital das Caldas da Rainha e para o Centro Hospitalar Lisboa Central.

No Hospital de Peniche houve dificuldades no serviço de urgência básica em cinco dias, com os doentes a seguirem para as unidades hospitalares das Caldas da Rainha e Torres Vedras.

No documento, a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde sublinha que seria “importante para avaliar os efeitos dos recentes acordos com os médicos e os impactos que poderão ter na organização das escalas, de forma a se planear a resposta até ao final do ano”.

Trinta e três serviços de urgência com limitações na próxima semana

Trinta e três serviços de urgência em todo o país vão estar a funcionar com limitações na próxima semana, verificando-se uma “melhoria real” nas especialidades com constrangimentos, indicou a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Segundo o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, para o período entre 10 e 17 de Dezembro, serão 50 unidades a funcionar em pleno (60%), dos 83 pontos em todo o país, e nas restantes verifica-se “uma melhoria real nas especialidades com constrangimentos e dos dias com limitações”.

Na semana entre 3 e 9 de Dezembro encontravam-se 44 serviços de urgência a funcionar em pleno (53%), e os outros 39 com constrangimentos nalgumas especialidades, como a Via Verde AVC.

De acordo com o novo plano, “há uma tendência clara de melhoria na resposta, que não será alheia aos efeitos dos recentes acordos com os médicos e os impactos que estão a ter na organização das escalas”.

O plano indica que as especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há quatro hospitais que apresentam, em alguns dias, limitações nas urgências da Via Verde AVC, nomeadamente Viana do Castelo, Guarda, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.

Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afectadas 11 urgências em algumas especialidades. No Centro, estarão limitados sete dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 13 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades. A Região do Alentejo tem os 12 pontos de urgência existentes sem constrangimentos e no Algarve três das seis urgências estarão condicionadas. Não foram ainda avançados pormenores em relação aos hospitais que integram o Centro Hospitalar do Oeste.

No documento, a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde lembra que a pressão das infecções respiratórias, “fruto da sua sazonalidade e das temperaturas mais baixas que estão a ocorrer, traz novos desafios em termos de doença aguda”. No entanto, o organismo refere que “a disponibilidade, empenho e esforço dos profissionais e a capacidade de organização dos serviços de saúde”, tem-se traduzido numa resposta “mais consistente e robusta” que em anos anteriores.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)