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OesteCIM participa em Barcelona na maior exposição mundial de territórios inteligentes

barcelona smart region 2023

A OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste marca novamente presença na ‘Smart City Expo World Congress’, em Espanha, a maior exposição mundial de territórios inteligentes, que tem lugar na Fira Barcelona, o centro de congressos da capital catalã, entre hoje e quinta-feira. A nossa região é uma das três Comunidades Intermunicipais portuguesas no evento, a par de Viseu Dão Lafões e Médio Tejo, que se juntam a outras entidades nacionais no Pavilhão de Portugal. A OesteCIM vai apresentar a ‘Oeste Smart Region’, “a primeira plataforma analítica integrada de inteligência territorial intermunicipal no país”, anunciou a instituição.

A abertura do Pavilhão de Portugal está agendada para as 17h00 locais, seguida de recepção e beberete oferecido pela OesteCIM, que é parceira oficial da NOVA IMS/NOVA Cidade - Urban Analytics Lab na organização da presença nacional em Barcelona. Esta tarde vai-se falar sobre ‘Inteligência Territorial em Acção’ com o projecto Oeste Smart Regiona em destaque no ‘stand’ SMAR Portugal - Monitorização de emissões e Inteligência Artificial Generativa. No terceiro e último dia, o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, presidirá ao seminário ‘Cidades e Territórios Inteligentes’, cabendo-lhe a intervenção de encerramento e da participação portuguesa na exposição.

A Smart City Expo World Congress realiza-se desde 2011 e reúne as entidades públicas e privadas mais relevantes no panorama das tecnologias direccionadas para a criação de territórios inteligentes. Na edição deste ano estão previstos mais de 22 mil visitantes presenciais, mais de 28 mil visitantes ‘online’, mais de mil expositores, mais de 500 oradores e um total superior a 800 cidades e comunidades ‘smart’, na qual se inclui a OesteCIM. Serão oito os temas em debate nesta edição: tecnologias facilitadoras energia e ambiente; mobilidade; governança; vida inclusiva; economia; infra-estruturas e edifícios; e segurança. “É este o enquadramento internacional que permitirá ao Oeste divulgar, mais uma vez, o seu grande projecto de região inteligente com vista a criar um novo paradigma de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida de quem vive, trabalha ou visita o nosso território”, destaca ainda a instituição. 

Para além do presidente do conselho intermunicipal da OesteCIM, o autarca alenquerense Pedro Folgado, a comitiva integra autarcas dos 12 concelhos, estando a Câmara Municipal da Lourinhã representada pelo vereador João Serra.

O Projecto Oeste Smart Region foi um dos temas em destaque na conferência ‘Digitalização e Modernização da Administração Pública’, que decorreu no passado dia 26 de Outubro, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. Promovido pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação (APDSI), presidida por Maria Helena Monteiro, o evento, que contou, entre outros, com a presença do secretário de Estado da Justiça, Pedro Tavares, serviu para discutir ideias e projectos que se pretendem estruturais para o país.

Participando no painel alusivo aos ‘Desafios de Mudança na Administração Pública Local’, o secretário-executivo da OesteCIM, Paulo Simões, expôs os pilares estratégicos que sustentam o Projecto Oeste Smart Region, a “primeira plataforma analítica integrada de inteligência territorial intermunicipal” em Portugal. “O novo modelo de desenho, implementação, monitorização e avaliação de políticas públicas que a Smart Region veio potenciar numa alteração de paradigma que recoloca o ‘data driven public policies’ ao serviço do ‘Human Centric Public Policies’”, ou seja “a inteligência dos dados ao serviço das pessoas”, refere uma nota publicada na página da OesteCIM. Lembrando as características que tornam a Comunidade Intermunicipal do Oeste uma região competitiva, seja pela proximidade a Lisboa ou pela diversidade de sectores estratégicos, Paulo Simões elencou as cinco Grandes Agendas para o futuro ('Inclusão social e igualdade; Território; Acção climática e descarbonização; Sociedade Digital; Boa Governança') que se cruzam com a “emergência da dupla transição verde e digital”. Por se pretender uma região “mais eficiente e sustentável (Económica, Ambiental, Social e Cultural)”, o uso da tecnologia tem como objectivo “tornar o território mais atractivo para os cidadãos e para o desenvolvimento de negócios tendo como foco as pessoas”. Para o efeito são compilados dados ‘bottom-up’ e ‘top-down’, isto é, informação do terreno (cartografia, património ou infra-estruturas) e indicadores macro (bilhética de transportes públicos, transações em terminais ATM ou resíduos) que são processados em conjunto. A soma de tudo isto gera a “criação de um centro de inteligência territorial”.

Tendo por base seis componentes essenciais (Economia Inteligente; Pessoas Inteligentes; Governação Inteligente; Mobilidade Inteligente; Ambiente Inteligente; Vida Inteligente), o Projecto Oeste Smart Region tem ainda como complemento a Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG, sigla em inglês para Environmental, Social, and Corporate Governance). “As regiões inteligentes são regiões que sabem como escolher informação e disponibilizar a mesma, que é útil para o cidadão”, sublinhou Paulo Simões, resumindo o grande objectivo desta realização: “criar um novo paradigma de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida de quem habita, trabalha ou visita a região do Oeste”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Direitos Reservados