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Município da Lourinhã manifesta apoio e solidariedade à comunidade ucraniana residente no concelho

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Cerca de meia centena de ucranianos residentes no nosso concelho participaram esta quinta-feira à noite num encontro promovido pela Câmara Municipal da Lourinhã e pelo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) da Lourinhã. Esta reunião teve como objectivo avaliar possíveis formas de colaboração e apoio da autarquia neste conturbado período que a Ucrânia está a viver, vítima de uma guerra na sequência da invasão das forças armadas da Federação Russa.

O encontro, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Município, iniciou com um minuto de silêncio por todas as vítimas da guerra seguido de um aplauso a todos os soldados ucranianos que têm estado nesta frente de luta contra as forças invasoras.

Na ocasião, o vice-presidente do executivo camarário, José Tomé, manifestou a solidariedade do município não só à comunidade presente como a todo o povo ucraniano, “que tem estado a sofrer esta atrocidade que neste século XXI era impensável que acontecesse”. Segundo o autarca, com este encontro “é nosso objectivo dizer-vos que estamos do vosso lado e queremos perceber o que são os vossos problemas e preocupações e, em conjunto, encontrarmos as melhores soluções para as vossas famílias que ainda estarão pela Ucrânia e que eventualmente de lá queiram sair para se protegerem desta guerra e com isso apoiar-vos naquilo que for possível”, frisou.

Nesta reunião marcaram também presença o presidente do executivo da União de Freguesias da Lourinhã e Atalaia, Pedro Margarido, a provedora da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã, Vanda Oliveira, e representantes da empresa lourinhanense de transportes de mercadorias Stoptrans, enquanto entidades que se associaram à autarquia nesta iniciativa e que se demostraram disponíveis para ajudar no que for necessário.

Estiveram também presentes a chefe da Divisão Sociocultural e Saúde, Mafalda Teixeira, bem como os técnicos municipais desta área, Helena Carruço, Fátima Quintans e Alexandre Audigane. Por outro lado, marcaram ainda presença empresários do concelho que analisaram as necessidades mais emergentes e definiram possíveis respostas, de entre as quais se destaca o transporte de bens para entrega na zona da fronteira da Ucrância com a Polónia, disponibilizado pela Stoptrans. Segundo informou a edilidade na ocasião, mais informações sobre os pontos de recolha no concelho serão disponibilizadas com a maior brevidade para que todos possam colaborar.

A comunidade ucraniana partilhou receios e preocupações, tendo referido que alguns familiares já conseguiram sair do país, estando na fronteira à espera de transporte. Outros já conseguiram chegar à Lourinhã. “Ter o apoio de uma câmara municipal pode mudar tudo”, afirmaram. “O nosso objectivo não é enviar bens, mas trazer as pessoas”, disseram.

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José Tomé revelou ainda que a autarquia tem já “um pequeno banco de casas” para alojar quem chegar à Lourinhã fugido da guerra, todavia pretende reactivar espaços que tinham como reserva e que estavam disponíveis para receber pessoas relacionadas com Covid-19 e que já estavam encerrados. “As pessoas não vão precisar de ajuda só agora, mas por mais tempo. De certo que há pessoas que, a virem, terão sempre como objectivo o regresso, sabendo que no regresso não vão encontrar nada como estava”, concluiu.

Solidários com a comunidade ucraniana do concelho, a autarquia e o CLAIM Lourinhã manifestaram a “inteira disponibilidade” em ajudar, nomeadamente na elaboração de termos responsabilidade/carta convite. Este apoio deve ser solicitado através dos contactos telefónicos 261 410 186 | 912 576 506 ou do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Para além desta informação, o município disponibiliza no site autárquico um conjunto de informações relevantes, traduzidas em português e em ucraniano.

Texto e fotografias: Sofia de Medeiros/ALVORADA