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Greve entra no sétimo dia com atenções voltadas para plenário de motoristas

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A greve dos motoristas de matérias perigosas entra hoje no sétimo dia, com as atenções voltadas para um plenário de trabalhadores, que decorrerá esta tarde e que deverá decidir sobre a continuidade da paralisação. O plenário decorre hoje, pelas 16h00, em Aveiras de Cima, depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de 10 horas e que terminou na madrugada de sábado.

No sábado, a associação das empresas de transportes de mercadorias (ANTRAM) disponibilizou-se para integrar um processo de mediação junto da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, afirmando ser convicção da “associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema”. De seguida, o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.

O sindicato divulgou mesmo um comunicado no qual apelou à ANTRAM para aceitar a proposta de compromisso que o Governo articulou com aquela força sindical, abrindo “caminho para a paz duradoura”. No comunicado, o SNMMP refere que o Governo deverá utilizar “as ferramentas que ainda tem ao seu dispor para chamar à razão a ANTRAM”, fazendo “chegar uma proposta que cumpra mínimos de dignidade, por forma a ser apresentada aos motoristas de matérias perigosas” no plenário desta tarde.

A greve começou na segunda-feira, dia 12, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da ANTRAM o cumprimento do acordo assinado em Maio, que prevê uma progressão salarial. A paralisação foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas (SIMM), mas este último desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a ANTRAM sob mediação do Governo.

No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado. No sábado ao final do dia, o Ministério do Ambiente e Transição Energética disse que a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos “superados”, com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação".

Texto: agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)