Open de Portugal em Óbidos: Ingleses colocam-se em boa posição na corrida ao título
- Desporto
- 16/09/2023 18:21
Os ingleses Andrew Wilson e Marco Penge colocaram-se hoje em boa posição para lutar no domingo pelo 61.º título do Open de Portugal em golfe, num dia em que os três portugueses em prova viveram uma jornada discreta.
Andrew Wilson, de 29 anos, é o líder, mas lutou até ao final para se colocar em vantagem sobre o compatriota Penge, de 25 anos. No final da terceira volta apenas uma pancada separa os dois britânicos, que habitualmente competem no Challenge Tour.
Enquanto Wilson protagonizou a sua melhor exibição no percurso de Royal Óbidos, desenhado pelo espanhol Seve Ballesteros, com uma terceira ronda pautada por sete ‘birdies’ (uma abaixo) e isenta de ‘bogeys’ (uma acima), para um agregado de 201 pancadas (-12), Marco Penge manteve uma performance consistente, ficando à distância mínima do líder.
“Nos primeiros nove buracos acho que é preciso ser paciente e tentar fazer o par. Nos segundos nove há mais oportunidades. Mesmo havendo três buracos de par 5 no ‘front nine’, sinto que consigo fazer melhor resultado no ‘back nine’. É ser paciente e tentar aproveitar as oportunidades quando surgem”, explicou Wilson, após a sua primeira volta ‘bogey free’ do ano.
Já entre os três portugueses que passaram na sexta-feira o ‘cut’, Ricardo Melo Gouveia foi quem melhor lidou com as condições climatéricas mais instáveis e com o campo mais pesado da chuva que havia caído durante a noite. O profissional português do Challenge Tour fez o seu melhor resultado da semana, apesar de uma exibição mais irregular, e, graças a uma terceira volta de 69 pancadas, com cinco ‘birdies’, quatro ‘bogeys’ e um ‘eagle’ (duas abaixo), ascendeu ao 35.º lugar no 'leaderboard'. “Foi um dia positivo. Acho que o resultado foi bom, as condições hoje estavam mais complicadas, um bocadinho de mais vento e as bandeiras também um bocadinho mais difíceis. Portanto, saio contente com a volta de hoje”, afirmou Melo Gouveia.
Enquanto o número 21 na ‘Road to Maiorca’ pretende melhorar alguns aspectos do jogo para domingo subir ao ‘top-10’, num dia que antevê que será “necessário mais paciência”, Ricardo Santos ambiciona bater o recorde do campo, fixado nas nove pancadas abaixo. O algarvio diz estar a bater bem na bola e a sentir-se bem, faltando apenas afinar o ‘putt’ para melhorar os 70 ‘shots’ registados hoje e que lhe permitiram subir ao 46.º lugar, entre os 75 jogadores em prova. “Joguei muito bem do ‘tee’ ao ‘green’. Foi o meu melhor dia, o mais sólido, mas nos ‘greens’ voltei a não estar bem, com excepção nos últimos dois buracos, onde consegui concretizar dois ‘putts’ para ‘birdie’. Amanhã [domingo] quero fazer o melhor resultado possível, gostava de bater o recorde do campo. Sei que vai ser complicado, vão estar condições pouco agradáveis, mas de qualquer forma vou tentar”, garantiu o profissional, após assinar hoje cinco ‘birdies’ e quatro ‘bogeys’.
Ricardo Santos, membro do DP World Tour, soma 212 pancadas (73+69+70) à partida para a derradeira volta, ao passo que Tomás Bessa, líder ao final da ronda inaugural do Open de Portugal, com 63 ‘shots’, continua a não encontrar as boas sensações. O profissional de Paredes voltou a igualar as 76 pancadas de sexta-feira, depois de começar com um ‘triplo-bogey’ (três acima) e fechar com um ‘duplo-bogey’, intervalados por quatro ‘birdies’ e três ‘bogeys’, e acabou por descer à 62.ª posição. “Não foi um dia bom do início ao fim. A meio ainda dei alguns bons ‘shots’, recuperei alguma confiança, consegui fazer alguns ‘birdies’, mas não foi o meu melhor dia e paguei caro algumas decisões mais arriscadas. Senti que tinha de ir um pouco atrás do resultado para subir um pouco na classificação e paguei por esses erros mais forçados. Amanhã [domingo] tenho mais um dia para provar o meu valor”, contou Bessa.
O Open de Portugal termina no domingo com a consagração do novo campeão e sucessor do francês Pierre Pineau, vencedor em 2022 também no Royal Óbidos Golf Resort.