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Número de alunos a frequentar universidades seniores em Portugal é de 68.235

RUTIS

O número de alunos a frequentar as universidades seniores em Portugal este ano lectivo é de 68.235 e a tendência é aumentar gradualmente, sobretudo, com a abertura de cinco novas universidades no país, disse hoje fonte oficial.

Em entrevista telefónica à Lusa, a propósito do arranque dum novo ano lectivo, Luís Jacob, presidente da Rede que une as universidades seniores/Terceira Idade (RUTIS) revela que este ano lectivo o número de alunos é de 68.235 a nível nacional e que o número tem vindo a crescer gradualmente, designadamente com a abertura de mais cinco novas universidades seniores que abriram no país: duas na Madeira e três no distrito de Portalegre (Alentejo).

No ano lectivo a seguir à pandemia da Covid-19 houve uma quebra de 50% de alunos. No ano lectivo do ano passado o número aumentou para 75%, em relação ao número de alunos pré pandemia, e actualmente está equivalente aos valores antes da Covid-19, sendo que algumas universidades aumentaram  o número de inscrições em 10%, porque as pessoas perceberam que é melhor "estarem ocupadas e em contacto com os outros”.

O presidente da RUTIS explica que na altura da pandemia da Covid-19 houve um sério receio de que o projecto terminasse, mas a verdade é que a maior parte das universidades seniores portuguesas conseguiram fazer coisas ‘online’ e mantiveram os alunos, mesmo à distância. “A pandemia felizmente passou e concluímos que a maior parte das universidades resistiu", conta.

Um estudo recente que a RUTIS realizou, com uma amostra de cerca de 300 alunos, concluiu que 75% das universidades seniores em Portugal fizeram alguma coisa ‘online’ durante o confinamento. Setenta por cento (70%) dos alunos não gostou, porque o que procuram acima de tudo são os afectos, o convívio, havendo “30% dos alunos que adorou a experiência das aulas ‘online’ ”, referiu Luís Jacob.

Apesar de a maioria dos alunos não ter gostado das aulas à distância, porque não recebia o afecto, esse contacto, mesmo que apenas por via da Internet, permitiu manter aqueles adultos “activos”, “com um horário” e a “comunicar com outras pessoas”, destacou Luís Jacob. “Aqueles que não tiveram nada de facto fecharam-se muito sobre eles”, recorda Luís Jacob. Muitos alunos quando regressaram vieram “muito abalados”, mais “apáticos”, mais “inactivos”, com “menos capacidade de comunicação”.

O estudo da RUTIS concluiu que os alunos que tiveram alguma actividade ‘online’ na universidade sénior foram os que sofreram menos efeitos da depressão e que recuperaram melhor do confinamento e da pandemia.

A maioria dos estudantes das universidades seniores em Portugal - que são cerca de 400 instituições em Portugal - têm idades compreendidas entre os 65 e os 75 anos.

Texto: ALVORADA com agência Lusa