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Deputados municipais de Torres Vedras preocupados com obras paradas na Linha do Oeste mas Infraestruturas de Portugal nega

Estacao CP Torres Vedras

Deputados municipais de Torres Vedras demonstraram preocupação com as obras de requalificação da Linha do Oeste paradas ou em atraso entre Torres Vedras e Sintra, mas a empresa Infraestruturas de Portugal negou.

A ausência de trabalhos entre Torres Vedras e Malveira causou preocupação, sendo que para esta zona estão projectadas passagens de nível, alargamentos de linha e ainda a construção da estação de tração eléctrica”, afirmam os deputados numa nota de imprensa, após uma viagem de comboio entre as estações de Outeiro da Cabeça (Torres Vedras) e Mira Sintra/Meleças (Sintra). Os deputados da Comissão Permanente de Sustentabilidade da Assembleia Municipal de Torres Vedras admitiram, contudo, que observaram da Malveira em diante [para Sintra] "alguns trabalhos pontuais”.

Questionada pela agência Lusa, a IP esclareceu que “as obras não estão paradas, decorrem em vários locais entre as localidades referidas”, estando nomeadamente em curso as empreitadas de concepção e construção de uma nova subestação de alimentação eléctrica em Runa (Torres Vedras), a cargo da Efacec, da nova sinalização electrónica do troço Meleças - Caldas da Rainha, a cargo da Thales, e da ligação entre a Rede Eléctrica Nacional (REN) e a nova subestação, a cargo da REN.

Quanto às obras de construção civil entre Torres Vedras e Sintra, está a decorrer a construção de passagens inferiores, da superestrutura de via na zona da linha a duplicar e do caminho de cabos, bem como intervenções nos cais de passageiros, no reforço da electrificação nos túneis e instalação de catenária e de torres GSM-R (Sistema Global de Comunicações Móveis nas ferrovias), para a comunicação entre os comboios e os centros do controlo de regulação ferroviária. A IP adiantou que a empreitada entre os concelhos de Torres Vedras e Sintra deverá ficar concluída no primeiro semestre de 2014.

Os deputados municipais torrienses “manifestaram preocupação com as possíveis consequências do atraso no troço referente à primeira parte das obras (Mira Sintra-Meleças/Torres Vedras) para efeitos de financiamento”.

Já a IP afirmou que “todas as verbas disponíveis no actual quadro comunitário serão utilizadas” e que “os montantes necessários à conclusão das empreitadas estão previstos no orçamento" da empresa. As revisões de preços e de eventuais trabalhos complementares decorrentes do atraso da obra só vão ser “apuradas no final da obra”.

O projecto de modernização da Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de electrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros. A segunda consiste na modernização e electrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões de euros. Contudo, o investimento global é de 160 milhões de euros, incluindo expropriações, de acordo com a empresa pública.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)