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Saúde: doentes crónicos do ombro dispõem de novo serviço de telereabilitação do CHO

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O projecto de telereabilitação para os utentes com patologia crónica do ombro é o mais recente projecto lançado pelo CHO - Centro Hospitalar do Oeste, a propósito do Dia Mundial da Fisioterapia que foi assinalado esta terça-feira. Esta iniciativa resulta de uma parceria entre o Serviço de Medicina Física e Reabilitação da Unidade de Caldas da Rainha do CHO com a Clynx, uma ‘startup’ portuguesa que desenvolve soluções na área da saúde digital, e o Instituto de Telecomunicações (IT) - Lisboa.

Em comunicado enviado ao ALVORADA, a instituição hospitalar explica que “os tratamentos habitualmente recomendados para estes utentes assentam num modelo presencial e individualizado. Todavia, no contexto actual, tornou-se necessário encontrar soluções que não envolvam a presença física dos utentes no hospital, equacionando-se um projecto de telereabilitação. Esta solução consiste na prestação de cuidados de reabilitação à distância com recurso a tecnologias de telecomunicação, como através de plataformas digitais e sensores de ‘feedback’”.

A tecnologia utilizada neste serviço permite ao utente realizar exercícios terapêuticos num ambiente de videojogos em sua casa ou noutro local, com acompanhamento em tempo real pelo fisioterapeuta, “promovendo uma experiência digital agradável e motivadora”. Esta solução recorre apenas a um sensor não intrusivo, para detecção dos movimentos do doente, conferindo uma grande portabilidade da solução, permitindo ao paciente utilizá-la em diferentes locais. Ao longo da intervenção, todo o progresso do utente é disponibilizado numa plataforma ‘online’ (o Portal do Fisioterapeuta e o Portal do Paciente), “de forma objectiva e mensurável”.

Este projecto tem como principais objectivos, segundo o CHO, aumentar a capacidade de resposta do Serviço de Medicina Física e Reabilitação aos utentes referenciados, garantir o acesso a cuidados de fisioterapia, motivar e capacitar o utente a tornar-se parte activa do processo de reabilitação, promovendo o envolvimento directo do doente e a sua responsabilização, para além de diminuir as deslocações dos utentes, os custos operacionais institucionais e sociais e potenciar a evolução tecnológica na área de fisioterapia.

Para o Conselho de Administração do CHO, a implementação do projecto de telereabilitação assume especial relevância com a pandemia Covid-19, “pela necessidade de reduzir o número de utentes em circulação simultânea nos serviços de saúde, com vista à minimização do risco de infecção cruzada”. Acima de tudo, segundo a instituição pública liderada por Elsa Baião, “o recurso à telereabilitação vem assegurar a continuidade do acompanhamento da prestação de cuidados de saúde aos utentes da região Oeste”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: CHO