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Urgências de Ginecologia/Obstetrícia encerradas no Hospital das Caldas entre sexta e segunda de manhã durante este mês

ULS Oeste

Durante este mês, o Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia/Bloco de Partos do Hospital das Caldas da Rainha, que serve a ULS - Unidade Local de Saúde do Oeste, vai funcionar apenas de segunda a quinta-feira, estando os serviços fechados ao exterior entre sexta e domingo, determinou a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS). Os serviços estarão assim encerrados desde as 9h00 de sexta-feira, reabrindo às 9h00 de segunda-feira. Neste período, as utentes que necessitem de assistência médica deverão dirigir-se ao Hospital de Santarém (ULS da Lezíria). Segundo a ULS do Oeste, “reitera-se a importância de, antes do recurso a unidades de saúde, contactar previamente o SNS 24 (808 24 24 24) e em situações de emergência, o contacto deve ser feito directamente para o 112”.

Das 43 urgências de ginecologia e obstetrícia no país, 28 vão funcionar até final de Abril de forma contínua, duas vão atender apenas doentes referenciados e oito terão dias de pausa devido à falta de médicos, segundo dados oficiais. De acordo com a informação divulgada pelo organismo público presidido por Fernando Araújo, que decidiu manter o esquema de funcionamento que vigorou no primeiro trimestre do ano, na região de Lisboa e Vale do Tejo, que abrange a ULS do Oeste e é a mais complicada em termos de preenchimento de escalas, apenas três urgências estarão a funcionar de forma ininterrupta, duas terão atendimento referenciado - atendendo apenas utentes encaminhadas por outras estruturas - e sete terão dias de pausa. A resposta terá ainda uma urgência de ginecologia e contará com três unidades do sector privado para complementar a resposta.

A DE-SNS só vai fazer alterações ao funcionamento das urgências de ginecologia/obstetrícia a partir de Maio. Esta situação deve-se, segundo este organismo do Ministério da Saúde, à falta de médicos destas especialidades. “A carência de médicos de Ginecologia/Obstetrícia e de Neonatologia/Pediatria, que se verifica a nível internacional, à qual Portugal não é imune, e que de acordo com as previsões da Organização Mundial de Saúde se irá manter a médio prazo, obrigou a um planeamento complexo com vista a garantir a prontidão da resposta das maternidades e dos serviços de neonatologia do SNS. Nesse contexto, foi necessário ponderar as várias áreas de actuação, não apenas na resposta às situações de urgência ou dos partos, mas também às consultas externas, à actividade cirúrgica programada (incluindo a neoplásica), aos rastreios oncológicos ou à medicina da reprodução, entre outras”, refere o comunicado.

A DE-SNS faz, ainda assim, uma “avaliação favorável” do desempenho da Operação 'Nascer em Segurança no Serviço Nacional de Saúde' nos últimos 16 meses e diz que os resultados deste plano estratégico “serão avaliados continuamente”. Na nota que acompanha o mapa das urgências de ginecologia/obstetrícia para o mês de Abril, a DE-SNS indica que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) devem adequar a resposta do SNS 24, “mantendo temporariamente o encaminhamento das situações de patologia ginecológica para o serviço de urgência de ginecologia da ULS Santa Maria” e “actualizar os procedimentos do SNS 24 de forma a assegurar a adequada pré-triagem das grávidas para os blocos de parto referenciados”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa