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Pedida certificação do pastel de feijão de Torres Vedras à Comissão Europeia

Comissao Europeia

A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) aprovou atribuir a certificação de indicação geográfica ao pastel de feijão de Torres Vedras e remeteu o processo para a Comissão Europeia para decisão final.

A decisão nacional confere protecção a nível nacional à denominação 'Pastel de feijão de Torres Vedras' como Indicação Geográfica, com efeitos a partir de 6 de Dezembro de 2023, data de apresentação do pedido de registo à Comissão Europeia”, é referido no aviso publicado em Diário da República.

A certificação é importante para haver um selo de qualidade que protege a marca e assim os consumidores vão poder melhor identificar a qualidade do doce”, afirmou à agência Lusa João Esteveira, presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Oeste (ACIRO).

O processo de certificação geográfica do produto artesanal foi iniciado em 2013 pela ACIRO e pela Câmara Municipal de Torres Vedras.

O presidente da ACIRO espera que a decisão da Comissão Europeia possa ser mais célere.

Obtida a certificação, “as empresas passam a ter um produto cuja qualidade é certificada, o que traz mais-valias económicas para os fabricantes”, acrescentou.

No concelho do distrito de Lisboa, existem cerca de 30 fabricantes, dos quais 20 participaram no processo de certificação.

Estima-se que haja pelo menos uma produção anual de 1,5 milhões de pastéis de feijão, com um retorno de meio milhão de euros à economia local.

Estes números que podem vir a aumentar no futuro com a certificação, depois de vários fabricantes terem iniciado as vendas para os hipermercados e a exportação do produto.

O fabrico dos pastéis de feijão em Torres Vedras tem mais de um século. Começaram a ser confeccionados no fim do século XIX, em casa de uma mulher que, mais tarde, começou a vendê-los. O negócio passou para os descendentes, tendo daí nascido várias empresas.

O doce é feito de açúcar, amêndoa, feijão e gema de ovo, ingredientes aos quais se acrescenta farinha e margarina para a capa do recheio.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)