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Aprovado financiamento do Comité de Cogestão para a Apanha de Percebes na Reserva Natural das Berlengas

Assembleia da Republica 2

O Governo vai garantir no próximo ano o financiamento do Comité de Cogestão para a Apanha de Percebes na Reserva Natural das Berlengas. O PS incluiu no orçamento, com os votos contra do PAN e a abstenção do PSD e Chega, que o Governo vai garantir no próximo ano o financiamento do Comité de Cogestão para a Apanha de Percebes na Reserva Natural das Berlengas e do Comité de Cogestão da Pescaria do Polvo do Algarve, recorrendo a candidaturas a fundos europeus por parte do IPMA.

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) introduziram hoje no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) a criação de um grupo de trabalho para minimização das capturas acidentais de mamíferos, aves e répteis marinhos. Nas votações na especialidade das propostas de alteração orçamental foi viabilizada parte de uma proposta do PAN, apenas com a abstenção do PSD, IL e PCP. “Em 2024, o Governo, em articulação com a comunidade académica e científica bem como as organizações não-governamentais de ambiente, procede à criação do Grupo de Trabalho interministerial para a criação do Plano de Acção para minimização das capturas acidentais de mamíferos, aves e répteis marinhos pela pesca”, refere o texto aprovado.

Inviabilizado devido ao voto contra do PS ficou o ponto que previa a criação, em 2024, de um programa de incentivos, no valor de 100 mil euros, para a substituição das redes de aquacultura para a utilização de malhas mais finas.

Por seu lado, o PSD fez inscrever no orçamento, apenas com a abstenção do PCP, a elaboração de um programa para reduzir as perdas de água nas redes de abastecimento. Assim, o Governo terá que fazer este programa de acção “em articulação com as entidades gestoras e com os demais instrumentos de política sectorial”, tendo para isso que integrar recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos para “uma abordagem mais estruturada e de longo prazo na mitigação deste problema”.

O PCP viu parte de uma proposta aprovada sobre o sistema de monitorização de recursos hídricos e defesa das massas de água, uma vez que, a pedido do PS, a proposta foi votada de forma desagregada e apenas o primeiro ponto de um total de 14 foi aprovado. Assim, os socialistas apenas permitiram que ficasse inscrito na proposta orçamental um reforço do sistema de monitorização de recursos hídricos, tendo chumbado os pontos que previam projectos-piloto, reforços orçamentais ou contratação de recursos humanos.

Uma proposta dos comunistas sobre faixas de gestão de combustível teve o mesmo destino de ser votada por pontos a pedido do PS e foi apenas aprovado o primeiro ponto que determina que o Governo “desenvolve a abertura, reforço e consolidação da rede primária de faixas de gestão de combustíveis” de acordo com que já está previsto na lei.

Com a abstenção do BE e os votos a favor dos restantes foram aprovadas duas propostas do PSD, uma para que o executivo crie um programa para que as águas residuais tratadas sejam usadas no combate aos incêndios rurais e outra para a modernização da monitorização dos recursos hídricos.

Ainda sobre água, o PSD conseguiu colocar no orçamento um programa de acção para a digitalização integral do ciclo da água, um relatório do estado das águas subterrâneas e um projecto-piloto de recarga artificial de aquíferos.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)