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Escutismo sobreviveu à ditadura, afirmou-se na revolução e cresceu em democracia destacou Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa ACANAC 01082022 Lusa

O Presidente da República disse hoje, em Idanha-a-Nova, que o escutismo, católico e não-católico, sobreviveu à ditadura, afirmou-se depois da revolução e cresceu em democracia.

“Desta vez fizeram uma preparação igual à de há cinco anos, mas mais sofisticada. O município foi impecável. Toda a organização está mais sofisticada e a presença de estrangeiros é muito importante. Tudo em geral mostra que se aprendeu com a experiência, apesar dos anos de pandemia”, afirmou.

O Chefe de Estado visitou durante a tarde de hoje, a pé, o 24.º Acampamento Nacional de Escuteiros (ACANAC), que está a decorrer em Monte Trigo, no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, onde foi recebido por cerca de 18.500 escuteiros.

Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas que o escutismo “sobreviveu à ditadura, afirmou-se depois da revolução [25 de abril] e cresceu em democracia”. “É uma escola de valores. E, o CNE é uma escola de valores, de liberdade, de democracia, de patriotismo, de universalismo e de espírito cristão, aqui especificamente”, sublinhou.

O Presidente da República salientou ainda o serviço à comunidade que o escutismo presta e que, no fundo, representa “o ideal escutista”.

O ACANAC decorre apenas de cinco em cinco anos e é organizado pelo CNE, em parceria com o Município de Idanha-a-Nova. O evento reúne escuteiros de todas as regiões de Portugal e de vários países para, durante uma semana, partilharem experiências, aprendizagens e atividades na comunidade.

Para além de escuteiros nacionais, vão estar presentes escuteiros de 24 outras nacionalidades, entre os quais 50 ucranianos. O Núcleo do Oeste, da Região de Lisboa, está presente com diversos agrupamentos, estando o concelho da Lourinhã representado com o Agrupamento de Ribamar.

O acampamento principal fica instalado no Campo Nacional de Actividades Escutistas (CNAE), no Monte Trigo, em Idanha-a-Nova, numa área de 79 hectares.

Presidente condecora CNE com a Ordem da Instrução Pública

O Presidente da República condecorou hoje o Corpo Nacional de Escutas (CNE) com a Ordem da Instrução Pública, "de serviço ao país e formação de construtores do futuro de Portugal".

“Como os 100 anos começaram no dia 27 de Maio e terminam a 27 de Maio do ano que vem, eu não vou esperar por 27 de Maio do ano que vem. Eu hoje vou condecorar com a Ordem da Instrução Pública, de serviço ao país e formação de construtores do futuro em Portugal, o CNE”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Chefe de Estado falava em Idanha-a-Nova, no Monte Trigo, durante a abertura oficial do 24.º Acampamento Nacional do CNE (ACANAC).

O Presidente da República chamou o chefe nacional do CNE, Ivo Faria, para lhe entregar a condecoração à frente dos 18.500 escuteiros presentes no ACANAC. “Não o podia fazer em frente de 100, 200, 500 ou mil. Tinha que ser aqui convosco para agradecer aquilo que Portugal vos deve”, salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa fez aquilo que outros dois Presidentes da República, Mário Soares e Jorge Sampaio, fizeram ao CNE, condecorando-o com a Ordem de Mérito (1992 do século passado) e a Ordem do Infante D. Henrique (1997), respectivamente.

A Ordem da Instrução Pública é uma ordem honorífica portuguesa atribuída como galardão por altos serviços prestados na educação e no ensino. A sua origem remonta a Abril de 1927 com a criação da Ordem da Instrução e da Benemerência, que foi desdobrada surgindo em 1929 a actual Ordem da Instrução Pública.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Lusa