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Greve dos trabalhadores da IP levou à supressão de 585 comboios até às 16h00

Linha do Oeste 5

A CP - Comboios de Portugal suprimiu 585 das 810 ligações programadas entre as 00h00 e as 16h00 de hoje, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à Lusa fonte oficial da empresa.

De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa, estavam programados 810 comboios e foram efectuados 225, dos quais 12 de longo curso, 50 regionais, 114 urbanos de Lisboa e 49 urbanos do Porto.

A CP tinha alertado na segunda-feira para “fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços” e em todo o país hoje e na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da IP.

Em declarações à agência Lusa hoje de manhã, o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, disse que “a paralisação está a decorrer como previsto, estando a ser cumpridos os serviços mínimos”.

A greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.

Conforme explicou anteriormente Adriano Filipe, em greve estão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias. À Lusa, o presidente da Aprofer adiantou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações. "E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam", avisou o presidente da Aprofer.

A IP já tinha alertado para os efeitos da paralisação.

Também a Fertagus alertou na sua página electrónica que, "face à greve anunciada na IP - Infraestruturas de Portugal entre as 00h00 e as 24h00, nos dias 12 e 14 de Julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA