Mais mortes e mais acidentes nas estradas nesta Páscoa
- Sociedade
- 19/04/2022 15:38
Cinco pessoas morreram nas estradas portuguesas no período da Páscoa, mais uma do que no mesmo período do ano passado, quando vigoravam medidas como a proibição de circulação entre concelhos, informaram as autoridades.
Em comunicado conjunto, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), GNR e PSP informam que entre 14 e 18 de Abril foram registados 37 feridos graves, mais 10 do que no período da Páscoa do ano passado (1 a 5 de Abril), o que representa um aumento de 37%, e 456 feridos leves (+46,6%).
Os acidentes nas estradas também subiram relativamente ao período da Páscoa do ano passado, com um total de 1.352 (+32,5%).
Segundo as autoridades, as cinco vítimas mortais resultaram de acidentes que ocorreram nos distritos de Braga, Coimbra, Lisboa, Portalegre e Vila Real.
No total, foram fiscalizados neste período festivo mais de 1,4 milhões de automóveis (1.480.339), quer presencialmente pela GNR e PSP, quer através de controlo por radar (97,8% do total), o que representa mais 1,9% relativamente ao período homólogo do ano passado.
Dos veículos fiscalizados por radar, 12.655 circulavam com excesso de velocidade - dos quais 3.835 foram detectados pelos radares da GNR e da PSP e 8.820 pelos da ANSR -, resultando numa taxa de infracção (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) de 0,85%, mais 44% do que a registada em 2021 (0,59%).
No que se refere à condução sob o efeito do álcool, foram submetidos ao teste 17.042 condutores, dos quais 527 apresentaram uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida. Destes, 310 foram detidos.
A taxa de infracção registada foi de 3,1%, acima da registada em igual período de 2021 (0,8%).
Foram igualmente detectadas 177 infracções por uso do telemóvel durante a condução, acrescenta a ANSR.
Sob o mote ‘Dê prioridade à vida’, a ANSR lançou no dia 13 de Abril a campanha de Páscoa, que se prolonga até dia 27 e que apela aos portugueses para viajarem “sem pressa, sem álcool e sem telemóvel”.
“Apesar dos progressos efectuados nos últimos 25 anos em Portugal, o número de mortos e de feridos graves devido aos acidentes rodoviários continua a ser muito elevado”, sublinha a nota, acrescentando que, em média, na última década, 650 pessoas por ano perderam a vida e mais de 2.000 ficaram gravemente feridas.