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Ucrânia: Portugal aceitou mais de 29 mil pedidos de protecção temporária

SEF Ucrania

Portugal aceitou até hoje mais de 29 mil pedidos de protecção temporária de pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a última actualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

O SEF precisa que aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de Fevereiro, 29.061 pedidos de protecção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros que residem naquele país.

De acordo com o SEF, entre os refugiados ucranianos que chegaram a Portugal e beneficiários da protecção temporária, 10.230 são menores, representando cerca de 35%.

No decorrer do processo para protecção temporária em Portugal, os cidadãos têm acesso aos números de Identificação Fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pelo que podem assim beneficiar destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

Dos 29.061 pedidos, o SEF emitiu 11.400 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de protecção temporária, segundo os dados avançados à Lusa. Este certificado, emitido após o SNS, Segurança Social e Autoridade Tributária terem atribuído os respectivos números, é necessário para os refugiados começarem a trabalhar e acederem a apoios.

Segundo a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, pelo menos 45 menores ucranianos não acompanhados pela família chegaram a Portugal desde o início da guerra e até quinta-feira, tendo as situações sido comunicadas às Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ).

O SEF tem uma plataforma 'online', em três línguas, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos. A plataforma 'SEFforUkraine.sef.pt' "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer 'online' um pedido de protecção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF. A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspetos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.

A Rússia lançou a 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, um ataque que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

Texto: ALVORADA com agência Lusa