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Luís Filipe Vieira e José António dos Santos detidos pelas autoridades por suspeitas em negócios

Ministerio Publico

O empresário lourinhanense José António dos Santos foi detido hoje pelas autoridades judiciais para inquérito, tal como Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, segundo revelaram vários órgãos de comunicação social. O presidente do SLB é, alegadamente, suspeito de abuso de confiança por causa da venda de 25% da SAD do Benfica a José António dos Santos, o maior acionista individual do clube. O inquérito judicial em curso encontra-se em segredo de justiça.

O Ministério Público revelou esta tarde que um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizou cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Esta informação consta de um comunicado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que não revela os nomes dos arguidos, porém, fonte ligada ao processo, confirmou à agência Lusa que um dos detidos é o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

No comunicado do DCIAP, os quatro detidos, que segundo vários órgãos de comunicação social são, além de Luís Filipe Vieira, o seu filho Tiago Vieira, o empresário José António dos Santos e o agente desportivo Bruno Macedo, são suspeitos de estarem envolvidos num processo em que se investiga “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”. Refere o Ministério Público que em causa no processo estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e susceptíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Está previsto que os detidos sejam presentes esta quinta-feira a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, tendo em conta “indícios já recolhidos, com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.

Nos mandados de detenção e busca participaram 66 Inspectores Tributários, entre os quais da DireCção de Serviços de Investigação da Fraude e de Acções Especiais (DSIFAE) e nove elementos do Núcleo de Informática Forense desta direçCão. A nota indica ainda que participaram na operação quatro magistrados do Ministério Público, três juízes de Instrução Criminal e 74 polícias da PSP.

Texto: ALVORADA com agência Lusa