Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

Covid-19: Vacinar as crianças não é prioritário segundo Organização Mundial da Saúde

OMS

A especialista em vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) Kate O'Brien disse que imunizar crianças contra a Covid-19 não é uma prioridade, na perspectiva da OMS, dado o suprimento global extremamente limitado de doses.

Em conferência de imprensa, a responsável disse que as crianças não deveriam ser o foco dos programas de imunização à Covid-19, mesmo com um número crescente de países ricos a autorizar a vacinação contra o coronavírus em adolescentes e crianças. "As crianças têm um risco muito baixo de contrair a Covid", disse O'Brien, pediatra e directora do departamento de vacinas da OMS.

Para a responsável, a justificação para imunizar crianças era interromper a transmissão, em vez de protegê-las de adoecer ou morrer. "Quando estamos neste lugar realmente difícil, como estamos agora, onde o fornecimento de vacinas é insuficiente para todos no mundo, imunizar crianças não é uma prioridade agora". O'Brien afirmou que é fundamental garantir que os profissionais de saúde e os idosos, ou aqueles com doenças subjacentes, sejam vacinados antes de adolescentes e crianças.

Canadá, Estados Unidos e alguns países da União Europeia, recentemente, deram luz verde a algumas vacinas para crianças dos 12 aos 15 anos, conforme se aproximam das suas metas de vacinação para adultos.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, exortou os países ricos a doarem vacinas aos países pobres em vez de imunizar os seus adolescentes e crianças. Menos de 1% das vacinas contra a Covid-19 administradas globalmente foram usadas em países pobres.

O'Brien disse que pode ser apropriado imunizar crianças contra o coronavírus "no devido tempo, quando o fornecimento aumentar muito mais substancialmente", e acrescentou que não é necessário vacinar as crianças antes do regresso à escola, desde que os adultos em contacto com elas estejam imunizados. "A imunização das crianças para o seu regresso à escola não é um requisito predominante", disse. "Podem voltar para a escola com segurança se o que estamos a fazer é imunizar aqueles que estão em risco, ao seu redor", concluiu.

Texto: ALVORADA com agência Lusa