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SPEA lança o desafio à população para contar as gaivotas em espaços urbanos

gaivota

A primeira contagem nacional de gaivotas urbanas arranca no início de Maio. Esta iniciativa de ‘ciência cidadã’, organizada pela SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, desafia os portugueses a registar ‘online’ as gaivotas, ninhos e crias que virem na cidade.

Segundo refere a organização ambientalista em comunicado enviado ao ALVORADA, essa informação irá contribuir para o censo nacional da gaivota-de-patas-amarelas, cujo principal objectivo é estimar o número de casais reprodutores e a distribuição das áreas de reprodução. “Todas as observações são importantes, e vão ajudar-nos a aferir o estado actual desta espécie que, ao longo das últimas décadas, tem vindo a alargar a sua área de nidificação, sobretudo para zonas urbanas”, diz Nuno Oliveira, técnico de conservação marinha na SPEA e coordenador da iniciativa.

Para participar nesta operação basta procurar indícios de gaivotas-de-patas-amarelas a nidificar em zonas urbanas, e preencher o formulário ‘online’ escolhendo a opção que se aplique, consoante tenha observado gaivotas sozinhas ou em pares num habitat de nidificação; gaivotas a fazer chamamentos territoriais ou defender o território; gaivotas a incubar, ovos ou crias; ou caso não tenha detectado nenhum indício de que haja gaivotas a reproduzir-se na zona.

Esta contagem de gaivotas urbanas decorre no âmbito do projecto ‘Ciência Cidadã - envolver voluntários na monitorização das populações de aves’, financiado pelo Programa Cidadãos Activos/Active Citizens Fund (EEAGrants), um fundo constituído por recursos públicos da Islândia, Liechtenstein e Noruega e gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto. O projecto tem como parceiros a Wilder - Rewilding your days e o Norwegian Institute for Nature Research (NINA). Os dados recolhidos nesta iniciativa contribuirão para o censo nacional de gaivota-de-patas-amarelas, que é uma iniciativa conjunta entre a SPEA, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN, Região Autónoma da Madeira) e a Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM, Região Autónoma dos Açores).

A iniciativa começa já a 1 de Maio, mas poderá ser mais fácil confirmar a nidificação nos meses de Junho ou Julho, segundo a SPEA, quando se já se veem gaivotas juvenis. Os voluntários podem inserir observações até 31 de Julho, estando toda a informação e o ‘link’ para o formulário disponíveis em bit.ly/GaivotasUrbanas.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)