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Óbito: Assembleias municipais destacam papel de Jorge Coelho como dinamizador do poder local

Associacao Assembleias Municipais 1

A Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM) lamentou hoje a morte do antigo ministro socialista Jorge Coelho, realçando a sua "carreira exemplar" na vida política e o seu "papel fundamental" na dinamização do poder local. Numa nota, a ANAM manifestou “o seu profundo pesar pelo falecimento prematuro de Jorge Coelho”, apresentando “as mais sentidas condolências aos familiares e amigos enlutados por esta inestimável perda”A ANAM elogiou “o carácter e as qualidades do antigo político, tanto ao longo da sua carreira exemplar na vida política, como a nível pessoal, onde colhia unanimidade como um homem bom, solidário e com amizades em todos os quadrantes”.

Além dos vários cargos políticos exercidos, a ANAM destacou sobretudo que Jorge Coelho “teve um papel fundamental na dinamização do poder local” quando assumiu o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, em 1991. “Jorge Coelho fez aquilo que muito poucos têm a coragem e a dignidade de fazer: deixar a vida política definitivamente e voltar à vida civil. E fê-lo de forma exemplar, voltando às origens, não esquecendo a sua terra e investindo num projecto empresarial local. Era um homem de valor e valores”, considerou o presidente da ANAM, Albino Almeida, citado no comunicado.

Jorge Coelho morreu na quarta-feira, segundo fonte do PS, vítima de paragem cardíaca fulminante. O político socialista foi ministro dos governos liderados por António Guterres entre 1995 e 2002, nos quais assumiu as pastas de ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social. A partir de 1992, com Guterres na liderança, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas em outubro de 1995. Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, Jorge Coelho era empresário, mas continuou sempre a acompanhar a atividade política, como comentador de programas como a Quadratura do Círculo, na SIC Notícias e TSF, mas também como cidadão.

Jorge Coelho marcou a actividade política ao demitir-se do cargo de ministro do Equipamento do executivo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios em 4 de Março de 2001, alegando que "a culpa não pode morrer solteira".

Texto: ALVORADA com agência Lusa