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Covid-19: Vacinação deve ir até aos 40 anos para haver maior segurança segundo DGS

Covid 19 Plano de vacinacao

A vacinação contra a Covid-19 deve estender-se até à população acima dos 40 anos para haver uma maior segurança ao nível de internamentos em cuidados intensivos, defendeu hoje o investigador da Direcção-Geral da Saúde André Peralta Santos.

“Num cenário de grande incidência, como tivemos em Janeiro e que se repercutiu nas hospitalizações em Fevereiro, só a população de 40 a 60 anos é suficiente para ultrapassar o indicador de 245 camas em unidades de cuidados intensivos (UCI). Esta mensagem quer dizer que, para estarmos completamente seguros, a faixa etária a vacinar terá de ir até estas idades”, afirmou o director de Serviços de Informação e Análise da Direcção-Geral da Saúde, notando que o país está abaixo do indicador de 245 camas de UCI ocupadas devido à Covid-19.

Numa intervenção realizada na reunião do Infarmed, em Lisboa, que junta especialistas, o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, André Peralta Santos revelou também que “houve uma diminuição generalizada da incidência no território”, situando-se entre os 60 e os 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, embora tenha destacado que “alguns municípios” na Região de Lisboa e Vale do Tejo já apresentam “variações positivais” a este nível.

Na análise por grupos etários, o especialista da DGS salientou “uma mudança de padrão”, centrada na população cativa, que “voltou a ser a população com maiores incidências”, enquanto o grupo etário de mais de 80 anos, fortemente atingido pela Covid-19 no último ano, “passou a ter uma incidência menor à média nacional”. Já em relação à testagem, André Peralta Santos destacou uma “intensidade bastante considerável, dispersa por todo o território e uma positividade acima de 4% só em alguns concelhos”.

A evolução positiva verificou-se também na notificação laboratorial dos casos, segundo o perito da DGS, com “uma melhoria na rapidez de desempenho nos últimos meses e até nos meses de maior intensidade epidémica”, sendo o atraso de notificação actualmente inferior a 10% dos casos.

Em Portugal, morreram 16.784 pessoas dos 817.778 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

Texto: ALVORADA com agência Lusa