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Covid-19: Portugal vai retomar uso da vacina da AstraZeneca

Covid 19 Plano de vacinacao

As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje retomar a administração de vacinas da AstraZeneca contra a Covid-19, três dias depois do anúncio de uma suspensão temporária devido a relatos em vários países de casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.

A decisão foi anunciada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pela 'task force' que coordena o programa de vacinação, na sequência do anúncio pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) de que a vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” e que não está associada aos casos de formação de coágulos sanguíneos que levaram à suspensão da sua utilização em mais de uma dezena de países europeus.

"O plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne à vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira. Vamos retomar o plano, acelerando-o e recuperando o atraso destes quatro ou cinco dias parados sem vacinação da AstraZeneca", afirmou o coordenador da ‘task force’ para a vacinação contra a Covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, numa conferência de imprensa em que esteve também presente o presidente do Infarmed, Rui Ivo, e a directora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A decisão foi anunciada na sequência da decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de que a vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” e que não está associada aos casos de formação de coágulos sanguíneos que levaram à suspensão da sua utilização em mais de uma dezena de países europeus.

O presidente do Infarmed realçou as indicações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da EMA e assegurou que as mesmas vão ser expressas a partir de sexta-feira na informação para profissionais de saúde e cidadãos.

“Essas conclusões são muito claras, ao confirmarem que os benefícios da vacina da AstraZeneca são muito superiores a quaisquer riscos que foram identificados. Os termos em que a avaliação foi feita e que permitiram que a vacina seja utilizada irão agora ser plasmados nos documentos que são aprovados pela EMA”, referiu Rui Ivo, assegurando que as entidades portuguesas têm estado “em articulação com as congéneres europeias”.

Depois de uma investigação nos últimos dias do Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância do regulador europeu, a diretora executiva da EMA, Emer Cooke, explicou que a administração da vacina da AstraZeneca “não está associada a um aumento do risco de eventos tromboembólicos responsáveis pelos coágulos sanguíneos” nas pessoas vacinadas.

Emer Cooke sublinhou que estes foram episódios “raros, mas bastante graves” de um total de mais de sete milhões de pessoas vacinadas na União Europeia com o fármaco da AstraZeneca e de 11 milhões no Reino Unido. “As pessoas podem confiar na vacina”, assegurou Emer Cooke, reforçando que estes não são casos “inesperados […] porque se está a vacinar milhões e milhões de pessoas”.

O aval da EMA surgiu um dia depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) também ter recomendado a continuação da administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19. “Neste momento, a OMS estima que o balanço risco/benefício está a inclinar-se a favor da vacina AstraZeneca e recomenda que as vacinas continuem” a ser administradas, disse o organismo em nota divulgada na quarta-feira.

Em Portugal, a pandemia de Covid-19 já provocou 16.743 mortos em 816.055 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

Texto: ALVORADA com agência Lusa