4 de Dezembro: Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
- Categoria: Sociedade
- 04/12/2024 12:19
A esmagadora maioria da população portuguesa (95%) considera que o apoio psicológico é relevante para as pessoas com esclerose múltipla: 69% entendem que é “muito importante” e 26% classificam-no como “importante”. Estes são alguns dos dados de um estudo que vai ser apresentado este fim-de-semana, no XIX Congresso Nacional da Esclerose Múltipla, organizado pela SPEM - Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla. É também uma forma de assinalar o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, celebrado a 4 de Dezembro.
Num comunicado enviado ao ALVORADA, a SPEM explica que o estudo foi baseado em mais de mil inquéritos feitos em Outubro deste ano à população adulta portuguesa, “com o objectivo de compreender como é percepcionada a esclerose múltipla e contribuir, assim, para o aumento da literacia”. Este estudo foi promovido pela SPEM, em parceria com a Roche.
A maioria dos inquiridos, refere a SPEM, entende que as pessoas com Esclerose Múltipla conseguem levar uma vida dita normal, embora com muitas limitações. “Para um terço dos portugueses, viver de forma autónoma e com qualidade de vida é mesmo o principal desafio para os doentes com esclerose múltipla”.
Apesar de a esclerose múltipla ser considerada uma doença rara que afecta menos de 1% dos portugueses, “há pelo menos um terço da população que afirma conhecer alguém diagnosticado com a doença”, adianta o comunicado.
A percepção dos inquiridos sobre o diagnóstico em Portugal é de que tende a ser demorado (34% afirmam-no), embora apenas 10% da população saiba identificar quais os métodos de diagnóstico usados.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica que afecta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a medula espinhal, e atinge sobretudo os jovens, em particular as mulheres. Esta doença resulta na destruição da mielina, uma camada protectora que envolve as fibras nervosas, essencial para a transmissão adequada dos impulsos nervosos. A degradação da mielina compromete a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
Além disso, explica SPEM, o processo inflamatório pode danificar as próprias células nervosas, “levando a uma perda irreversível de funções motoras, sensoriais ou cognitivas, dependendo das áreas afectadas”.
Com a progressão da doença, os sintomas variam, e podem incluir fadiga, fraqueza muscular, tremores, alterações de coordenação, alterações visuais, alterações urinárias e intestinais, alterações de humor e depressão, entre outros.