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Aplicação gratuita prepara inclusão escolar de crianças com deficiência

app habil

A Habilitar, organização não governamental para pessoas com deficiência, lançou uma aplicação inclusiva e gratuita para ajudar no percurso académico das crianças, revelou hoje fonte da organização.

Projectada por educadores e terapeutas, a Hábil é uma ‘app’ inclusiva que promove a aquisição e consolidação de conhecimentos, para melhorar a aprendizagem futura.

A aplicação surgiu a pensar nas necessidades de crianças que sofrem de patologias como a perturbação do espectro do autismo, perturbação da linguagem, défice intelectual, ou de síndromes como Trissomia 21, síndrome de X Frágil ou síndrome de Williams.

É uma aplicação para trabalhar os pré-requisitos de leitura, escrita e matemática, com crianças dos 3 aos 6 anos, garantindo que possam ingressar no primeiro ciclo com essas aquisições já feitas”, explicou à Lusa Carolina Duarte, da direcção da Habilitar.

Além disso, acrescenta, “permite detectar fragilidades nas competências das crianças nessas áreas e está disponível gratuitamente para ‘download’ nas plataformas Play Store e Apple Store”.

A ‘app’ Hábil incorpora várias opções de acessibilidade: instruções simples com suporte visual e auditivo, símbolos para a comunicação aumentativa e alternativa, acessibilidade para a deficiência visual, opção de alto contraste e sistema de varrimento.

A ideia partiu de Sara Jesus, técnica de reabilitação psicomotora, e de Isabel Santos, coordenadora executiva da Habilitar e doutorada em Multimédia, e foram essas pessoas que conceberam todas as tarefas”, esclarece Carolina Duarte.

Segundo a responsável, foi um prémio, na fase inicial, atribuído pela Roch que permitiu avançar com a ideia, sendo o desenvolvimento apoiado pela Altice e pela Universidade de Aveiro, esta no que respeita à validação científica.

“Esses apoios foram decisivos para que hoje seja possível ter acesso a essa aplicação, em português europeu, de forma totalmente gratuita”, acrescenta.

Carolina Duarte adianta que a intenção é ter a aplicação “continuamente melhorada e acrescentada”, revelando que está já em preparação uma componente de língua gestual portuguesa para ser usada por crianças surdas.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Imagem: Direitos Reservados