Mpox: Comissão Europeia garante apoio necessário aos países da União Europeia e pede vigilância
- Sociedade
- 19/08/2024 14:38
A Comissão Europeia garantiu hoje “todo o apoio necessário” aos países da União Europeia (UE) perante eventuais casos importados de monkeypox (mpox), após a nova variante, mais perigosa, ter aparecido quinta-feira na Suécia importada de África, pedindo vigilância.
“Hoje falei com o ministro dos Assuntos Sociais e da Saúde Pública da Suécia, Jacob Forssmed, para discutir os últimos desenvolvimentos após a notificação do caso mpox clade 1 na Suécia. A vigilância e preparação são de extrema importância”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). “A UE continuará a prestar todo a apoio necessário”, garantiu a responsável.
A posição surge no dia em que a UE aborda novas medidas, numa reunião técnica em resposta à emergência de saúde pública internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) face ao actual surto de mpox na República Democrática do Congo. A reunião é do Comité de Segurança da Saúde da União Europeia, composto por especialistas da Comissão Europeia e dos Estados-membros, que coordena a resposta rápida da UE às ameaças sanitárias transfronteiriças graves.
Na sexta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estimou ser “altamente provável” que a União Europeia tenha mais casos importados de mpox, após a nova variante ter aparecido na quinta-feira na Suécia importada de África. “Numa nova avaliação de risco, o ECDC afirmou que é altamente provável que a UE/EEE [União Europeia e Espaço Económico Europeu] venham a registar mais casos importados de varíola causada pelo vírus da clade I que circula actualmente em África”, a variante mais perigosa da doença. Ainda assim, o centro europeu refere que “a probabilidade de transmissão sustentada na Europa é muito baixa, desde que os casos importados sejam diagnosticados rapidamente e que sejam aplicadas medidas de controlo”.
Ainda na sexta-feira, a Direcção-Geral da Saúde esclareceu que nenhum dos casos de mpox reportados em Portugal é da variante mais perigosa da doença (clade I). Na quinta-feira, depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a OMS alertou para a possibilidade de serem detectados na Europa outros casos importados de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
A OMS já tinha declarado, na quarta-feira, o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.
Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, um alerta que foi inicialmente levantado em Maio do ano passado, depois de a sua propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo. A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022. O mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infectadas, incluindo por via sexual.
Texto: ALVORADA com agência Lusa