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Greve na empresa de resíduos Valorsul está a ter "boa adesão" segundo sindicato

Valorsul logo

A greve na empresa de resíduos Valorsul, que decorre entre quarta-feira e domingo, está a ter uma “boa adesão”, com várias infraestruturas em Lisboa encerradas, disse hoje à agência Lusa fonte da comissão sindical.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas, para reivindicar melhorias salariais e a redução do horário de trabalho, estando a afectar sectores e infraestruturas diferentes da Valorsul, mediante o dia.

A Valorsul, com cerca de 450 trabalhadores, é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos recicláveis e resíduos sólidos urbanos produzidos em 19 concelhos das regiões de Lisboa e Oeste, incluindo a Lourinhã.

Em declarações à agência Lusa, Mário Matos, da comissão sindical, indicou que a greve está a ter uma “boa adesão”, escusando-se, contudo, a entrar em “guerra de números com a administração.

Temos a incineradora [Loures] encerrada, o centro de triagem no Lumiar [Lisboa] também está parado, assim como o Aterro Sanitário de Mato da Cruz [Vila Franca de Xira]. Há um ou dois trabalhadores que têm um contrato temporário e que não aderiram à greve por medo de perder o emprego, mas é tudo números residuais”, descreveu.

De acordo com a calendarização da greve, a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) foi a primeira a sofrer os efeitos, a partir das 00h00 de quarta-feira, onde foram feitas paralisações por turno.

Nos restantes dias de greve, a paralisação afectará o serviço de manutenção, caracterização e recolha selectiva, o Aterro Sanitário de Mato da Cruz e Instalação de Valorização de Escórias (ASMC), o Centro Sanitário do Oeste, Triagem e Estações de Transferência, o Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar e a Estação de Valorização Orgânica.

Alguns dos municípios servidos pela Valorsul emitiram notas nas suas páginas da Internet a informar de possíveis constrangimentos na recolha de lixo devido à greve dos trabalhadores da empresa.

A Lusa pediu à administração da Valorsul um balanço da adesão à greve, mas ainda não obteve resposta.

Contudo, numa nota divulgada esta manhã, fonte da administração da Valorsul assegurou que a empresa “sempre procurou manter uma política de diálogo, recebendo sempre os seus trabalhadores e a comissão sindical”.

Apesar de não ter sido possível chegar a acordo com a comissão sindical, que muito lamenta, a administração decidiu avançar com um aumento de 3,5% para todos os trabalhadores, com efeitos retroactivos a Janeiro do presente ano, sendo que no ano de 2023 o aumento fixou-se nos 4,7%”, é indicado Na nota.

Confrontado com estes dados, Mário Matos reiterou que as propostas da empresa não foram ao encontro da dos trabalhadores, manifestando disponibilidade para “continuar a negociar”.

O sindicalista disse ainda que não foi contactado pela administração desde que se iniciou a greve, mas que irá, no final da paralisação, solicitar uma reunião.

Texto: ALVORADA com agência Lusa