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COVID-19: Banco Alimentar cria Rede de Emergência para população mais carenciada

BAO

O Banco Alimentar anunciou a criação da Rede de Emergência Alimentar para fazer face à pandemia de Covid-19, que vai funcionar mediante inscrição das necessidades dos beneficiários numa plataforma informática. A inscrição pode ser feita pelos próprios, familiares ou amigos, e os bens serão encaminhados para um ponto de entrega próximo da residência, por forma a acautelar as regras de segurança e a garantir que a alimentação continua a chegar aos cidadãos mais carenciados, de acordo com a informação divulgada esta sexta-feira.

A iniciativa tem o apoio da Entreajuda e está coordenada com a Bolsa de Voluntariado. O ponto de entrega da alimentação pode ser uma instituição de solidariedade social ou um local disponibilizado por uma autarquia acreditada. A organização, garante, em comunicado, que os voluntários envolvidos no transporte das refeições confecionadas ou dos produtos para os pontos de entrega ou residências estarão "devidamente protegidos”.

Sob o lema ‘A Ajuda Não Pode Parar’, pretende-se com essa acção "dar uma resposta estruturada" a uma realidade que se agrava todos os dias, de acordo com a organização, liderada por Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome e da Entreajuda. "As medidas tomadas, indispensáveis para prevenir o contágio e propagação da doença, estão a criar situações extremamente difíceis e de grande desespero junto das populações mais desfavorecidas", lê-se no comunicado.

Segundo a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, urge, por conseguinte, acautelar o risco de situações de ruptura de apoio alimentar, de isolamento e de desespero, que possam resultar do encerramento das respostas sociais de apoio normalmente disponibilizadas por várias Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), como creches, infantários, ATL, centros de dia, de convívio e distribuição; de uma redução do número de técnicos e auxiliares que colaboram nestas instituições, na sua grande maioria mulheres, que, pelo encerramento das escolas e equipamentos escolares, se veem obrigados a ficar em casa em assistência à família, impossibilitando assim a continuidade da prestação de alguns dos apoios sociais; e, por fim, da restrição ou até proibição do acesso dos voluntários que colaboram com essas instituições para prevenir contágios, assim como aos familiares dos utentes no caso de lares de idosos e casas de acolhimento.

Recorde-se que, na nossa região, está localizado o Banco Alimentar Contra a Fome do Oeste, com sede as Caldas da Rainha, e que opera ainda nos concelhos da Lourinhã, Peniche, Óbidos, Nazaré, Alcobaça, Bombarral e Cadaval. Na sua página do Facebook, a instituição informou hoje que “apesar de todas as adversidades continuamos a nossa missão. De uma forma mais reduzida é certo, mas com o mesmo espírito de luta para conseguirmos chegar onde somos mais precisos. Bem-haja todos os que continuam disponíveis para ajudar”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Foto: BAO