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Ministério da Saúde espera receber este mês relatório técnico do novo hospital do Oeste

ministro da saude oeste 22112022

O Ministério da Saúde disse que espera receber durante a primeira quinzena deste mês o relatório do grupo de trabalho criado para estudar as soluções de localização e perfil assistencial do novo hospital para a região Oeste.

“O Ministério da Saúde espera receber o relatório do grupo de trabalho durante a primeira quinzena de Maio, seguindo-se a decisão que os termos do relatório tornem mais aconselhável”, divulgou a tutela numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo o ministério de Manuel Pizarro, o “trabalho que vai definir a localização e o perfil funcional do novo hospital encontra-se a decorrer com tranquilidade”. O Ministério da Saúde justificou o atraso nas decisões com o parecer entregue, em Março, pelas câmaras municipais das Caldas da Rainha e de Óbidos.

A distrital do PSD/Oeste, que integra as concelhias Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, no distrito de Lisboa, tinha acusado o ministro da Saúde de “mentir” à população quanto à intenção de construção de um novo hospital na região Oeste, ao adiar a decisão de anúncio da sua localização e perfil assistencial. “O ministro mentiu aos oestinos e não tem qualquer intenção em construir o novo Centro Hospitalar do Oeste”, referem os sociais-democratas numa nota de imprensa divulgada. Depois de o Ministério da Saúde não ter divulgado qualquer decisão quanto à localização e perfil assistencial da nova unidade, “falhando os compromissos”, o PSD “acredita que o Governo não tem qualquer intenção de construir o novo hospital”.

Em Novembro, a OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste entregou ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, um estudo que encomendou à Universidade Nova de Lisboa para ajudar o Governo na tomada de decisões e que aponta o Bombarral como a localização ideal do novo hospital. Na ocasião, o governante anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar soluções e anunciou que divulgaria a localização e o perfil assistencial do novo hospital, até ao final do primeiro trimestre de 2023.

Em Março, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos entregaram ao ministro da Saúde um parecer técnico a contestar os critérios utilizados no estudo da OesteCIM para definir a localização e a defender medidas de mitigação dos impactos se Caldas da Rainha deixar de ter hospital, assim como a localização do novo hospital na confluência daqueles dois concelhos. No início de Abril, o Ministério da Saúde esclareceu que decidiu adiar as decisões quanto à localização e ao perfil assistencial do futuro Hospital do Oeste até analisar os contributos recebidos, nomeadamente pelas câmaras das Caldas da Rainha e Óbidos, e receber o relatório do grupo de trabalho nomeado para o efeito e que é presidido pela médica lourinhanense Ana Jorge, recém-empossada provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O novo hospital deverá substituir o actual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais públicos das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)