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Ministro da Saúde adia decisão sobre novo Hospital do Oeste até ser analisado o estudo da Câmara das Caldas

ministro da saude oeste 22112022

O Ministério da Saúde esclareceu hoje que adiou as decisões quanto à localização e ao perfil assistencial do futuro Hospital do Oeste até o grupo de trabalho analisar o estudo entregue pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha e elaborar o relatório final.

A decisão do Ministério da Saúde será tomada após ser recebido o relatório do grupo de trabalho”, revelou a tutela, numa resposta por escrito à agência Lusa, depois de questionado sobre a falta de decisões até ao final de Março, como tinha assumido o ministro Manuel Pizarro.

O Ministério da Saúde “não deixará de ter em conta todos os contributos que sejam apresentados, que devem ser incorporados na decisão a adoptar”, referindo-se ao estudo entregue a 21 de Março pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Por isso, justificou, “entendeu aceitar que o grupo de trabalho possa precisar de mais algum tempo, para produzir o seu relatório”, que espera que seja concluído “o mais breve possível”.

A construção de um novo hospital público para a região é reclamada pelos 12 municípios da OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste, cuja institução encomendou um estudo à Universidade Nova de Lisboa para definir o perfil assistencial e a localização da futura unidade hospitalar. O estudo aponta o Bombarral como a localização ideal para o futuro hospital e foi entregue em Novembro ao ministro da Saúde, em Torres Vedras, que na ocasião se comprometeu a definir a localização e o perfil assistencial do novo hospital até ao final de Março, conforme garantiu o próprio em declarações ao ALVORADA.

No mês passado, as câmaras municipais das Caldas da Rainha e de Óbidos enviaram ao grupo de trabalho um parecer técnico encomendado à empresa CEDRU, que defende a construção do futuro hospital na confluência com o concelho de Óbidos e, ainda, que os ministérios da Economia e da Coesão Territorial devem participar na decisão e que a mesma deve ter em conta outros critérios, além dos analisados no estudo encomendado pela OesteCim. Em Fevereiro, as assembleias municipais da maioria dos municípios da região Oeste aprovaram moções a apoiar a localização para o novo hospital definida no estudo encomendado pela OesteCIM, ou seja, no Bombarral. A decisão final está a ser equacionada por um grupo de trabalho criado pelo Governo, liderado pela médica lourinhanense Ana Jorge, cujo trabalho tem por base os contributos dos municípios.

O novo hospital deverá substituir o actual CHO - Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais do SNS das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA /arquivo)