Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

Nova derrocada junto ao Forte da Consolação preocupa Câmara Municipal de Peniche

Forte Consolacao CMP 1

Uma nova derrocada ocorreu junto ao Forte da Consolação está a preocupar a Câmara Municipal de Peniche por comprometer a estabilidade daquele património. O presidente da câmara, Henrique Bertino, afirmou à agência Lusa que a derrocada numa extensão de cerca de dois metros aconteceu há 15 dias, obrigando a autarquia a reforçar a restrição de acesso pedonal ao forte, desde que começou em obras de requalificação.

O autarca pediu a intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente, de quem é a responsabilidade da gestão da orla marítima, tendo em conta que a derrocada “pode comprometer a estabilidade do forte”. “Se voltar a chover e a ondulação for alta, a situação agrava-se”, alertou o líder do executivo camarário, que defendeu obras de reforço da falésia.

Os trabalhos de requalificação do forte para o transformar em centro interpretativo sobre o património geológico e defensivo-militar foram iniciadas em 2020, mas estão paradas há mais de um ano devido a “problemas com o empreiteiro”. Em 2015, terminaram obras de estabilização da arriba junto ao forte, depois de uma derrocada ocorrida em 2010, que apesar de não ter causado vítimas, obrigou a câmara municipal a pedir ao Ministério do Ambiente uma intervenção com carácter de urgência.

Em 2017, o Forte da Consolação foi cedido pelo Estado ao Município de Peniche por um período de 25 anos. Construído em 1641 com a finalidade de reforçar a defesa de Peniche, este forte foi erigido no âmbito da estratégia desenvolvida para a linha costeira de Portugal. Em 1947, depois de estar desactivado das suas funções militares, chegou a ser ocupado como colónia de férias. Em 1978 foi classificado como Património Nacional.

A obra de intervenção no Forte da Consolação tem a finalidade de instalação de um espaço interpretativo e museológico destinado à divulgação cultural naquele antigo espaço militar mandado edificar em 1641 por D. Jerónimo de Ataíde.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: CMP (arquivo)