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Municípios do Oeste vão poupar 3,5 milhões de euros por ano em energia eléctrica

OesteCIM OesteLED

Os 12 municípios que integram a OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste vão investir 12 milhões de euros para substituir, até ao final do ano, 68.500 luminárias dos postes de iluminação pública por outras mais eficientes, gerando uma poupança anual de 3,4 milhões de euros na factura energética e uma redução de 17,1 toneladas de emissões de gases de efeito de estufa. Lourinhã, Bombarral e Sobral de Monte Agraço foram os primeiros concelhos escolhidos para iniciar este projecto. A poupança estimada na factura energética da região Oeste representa uma redução de 72,42%, passando de 4,7 milhões de euros para 1,3 milhões de euros por ano.),

Durante a conferência de imprensa realizada esta quinta-feira nas Caldas da Rainha, na sede da OesteCIM, foi revelado que a substituição das 68.500 luminárias, cerca de metade da totalidade da iluminação pública dos 12 concelhos, vai decorrer até final do ano, o que representa uma redução de 26,4 GWh (de 36 para 10kwh/ano). Este trabalho enquadra-se no âmbito do OesteLED, um projecto “inovador que coloca o Oeste entre os dez projectos mundiais com maior dimensão”, afirmou André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e membro da direcção da OesteSustentável - Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste .

O projecto OesteLED visa a substituição da iluminação pública por lâmpadas LED que, segundo o presidente do Conselho Intermunicipal da OesteCIM, Pedro Folgado, “resultará numa poupança anual de cerca de 3,5 milhões de euros”, ou seja, de um total da factura de sete milhões de euros que os municípios gastam anualmente em electricidade. Na vertente ambiental, o OesteLED prevê alcançar “um consumo evitado de 24,4 Gigawatt-hora (GWh) por ano”, o equivalente a aproximadamente 7500 habitações e a uma redução de 12,4 toneladas de CO2, explicou o autarca alenquerense durante a conferência de imprensa que assinalou o arranque do projecto. “Um Oeste amigo do ambiente, sustentável e onde as pessoas vivam com qualidade” é o objectivo da substituição de pontos de luz que arrancou já em três concelhos, no conjunto dos quais foram, nas últimas três semanas, “substituídas 6.000 mil lâmpadas”, revelou Pedro Folgado. A operação teve início a 13 de Maio no concelho do Bombarral.

Até ao final do ano ocorrerão intervenções similares em todos os municípios da região oestina cujos autarcas admitem vir a candidatar-se a um segundo projecto, no âmbito do programa de apoios do ‘Portugal 2030’, para completar a alteração de toda a iluminação publica para sistemas mais eficientes. A substituição das luminárias está a ser feita em parceria com uma empresa de serviços energéticos (ESE), através do consórcio Claroeste, ao qual os municípios irão pagar, durante 12 anos de contrato, 40% da poupança alcançada. Esta iniciativa surge da necessidade de melhoria da eficiência energética na iluminação pública, em linha com o Plano Nacional Energia e Clima, que visa promover a descarbonização da economia e a transição energética, atingindo a meta de neutralidade carbónica em 2050.

Constituída por 365 mil habitantes, a região Oeste possui actualmente uma factura energética de cerca de 6,5 milhões de euros por ano e 17,1 toneladas de emissões de gases de efeito de estufa. O projecto OesteLED reflecte o maior investimento do país em iluminação pública eficiente, sendo 10º maior projecto de iluminação pública LED do mundo e o maior no país, sendo ultrapassado, em termos mundiais, pela Índia (com 450.000 luminárias substituídas em Hyderabad e 75.000 em Delhi), pelos Estados Unidos da América (com 140.000 luminárias em Los Angeles, 55.000 no Texas e 42.000 em Las Vegas ), a Argentina (91.000 luminárias em Buenos Aires), a Indonésia (90.000 mil luminária em Jacarta) e Espanha (com 84.000 novas luminária em Madrid).

André Rijo acrescentou ainda que o projecto “não se esgota na substituição de luminárias”, pretendendo-se, por um lado, avançar com o projecto na sua versão 4.0, ou seja, numa perspectiva ‘Smart Region’, e, também, muito importante, que o resíduo produzido com esta substituição “seja aplicado a um projecto de educação ambiental, muito focalizado na problemática das alterações climáticas. Deste modo, através do OesteLED, “até ao final do ano temos uma região mais sustentada” e que, segundo o edil arrudense, “cumpre com os desígnios do Pacto dos Autarcas que foi subscrito por todos os municípios”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados