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Seca: Horticultores da região Oeste já regam culturas nesta altura do ano

AIHO

A falta de chuva começa a preocupar a AIHO - Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste, que alerta que há agricultores a regar as culturas, o que não é costume nesta altura do ano, disse hoje o presidente Sérgio Ferreira. “A situação preocupa se continuar sem chover e se viermos a ter falta de água nos próximos meses, porque não temos grandes reservas de água e a que temos é à superfície", afirmou o dirigente associativo à agência Lusa. Contudo, esclarece que “por enquanto ainda têm água” neste período.

Ao contrário do que é habitual nesta altura do ano, os agricultores têm estado a regar as culturas devido à falta de água, dada a fraca precipitação das últimas semanas. “Estamos a fazer rega em terrenos que nem estavam preparados para isso nesta altura do ano”, sublinhou Sérgio Ferreira.

O dirigente agrícola lourinhanense alertou que é cada vez mais difícil combater a falta de água com o aumento do preço da electricidade e dos combustíveis, indispensáveis para captar água do subsolo ou das linhas de água, uma vez que os sistemas de regadio são raros ou inexistentes na região. “Com o aumento dos custos energéticos, as regas são cada vez mais caras” e isso “preocupa”, devido à falta de retenção da água existente à superfície ou no subsolo.

O sector da horticultura fatura cerca de 500 milhões de euros, emprega entre sete a oito mil trabalhadores quer nas explorações agrícolas, quer nas centrais de processamento e transformação dos produtos, e escoa os produtos para exportação e para os principais mercados nacionais, estima a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste. A maioria destas explorações está concentrada no concelho de Torres Vedras e, ainda, na faixa entre os municípios da Lourinhã e Peniche.

No caso de Torres Vedras, em Julho, a autarquia, duas associações de regantes e outras duas entidades estabeleceram parcerias para o estudo de soluções para o aproveitamento de água para a agricultura neste concelho. A horticultura é o principal subsector agrícola mais dependente de água na região.

Texto: ALVORADA com agência Lusa