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Associações empresariais do Oeste defendem início da construção do IC11 Lourinhã/A8 em 2021

FAERO

A construção do IC11 entre a Lourinhã e a A8 foi defendida esta tarde pela FAERO - Federação das Associações Empresariais da Região Oeste. A tomada de posição pública, que resulta de uma moção aprovada em assembleia geral, foi feita durante um encontro com a comunicação social no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, na Lourinhã. Esta obra foi incluída pelo Governo no Plano Nacional de Investimentos 2030 que está em análise na Assembleia da República. A FAERO pretende que seja dada prioridade à construção da primeira fase do IC11 (Lourinhã/A8), que a mesma se inicie aquando da implementação do novo programa de investimentos públicos, ou seja, em 2021. O documento foi enviado para as mais diversas instituições oficiais, quer a nível nacional, quer a nível regional.

Segundo Filomena Frade, presidente da ADL - Associação de Desenvolvimento Local da Lourinhã, que leu o documento neste encontro, a região Oeste possui “infraestruturas rodoviárias de ligação regional satisfatórias que asseguram a ligação das sedes de concelho a Lisboa e Leiria por via da A8, IP6, IC9 e a Santarém através da A15. Apenas o concelho da Lourinhã não tem qualquer ligação directa a estas vias”. A FAERO recorda que a acessibilidade do município lourinhanense é apenas rodoviária e assegurada pela EN 8-2, EN 247 e EN 361. “Estas rodovias apresentam graves problemas de conservação e de traçado, que actualmente atravessam várias localidades com todos os constrangimentos decorrentes ao nível da segurança rodoviária e da fluidez da circulação”, destaca a moção.

A FAERO destaca, a propósito desta questão, que a construção do IC11 é “uma expectativa antiga da região, mais especificamente do Município da Lourinhã”. Frisa também que no contexto oestino, o concelho lourinhanense é o que tem o maior volume de negócios proveniente do sector ‘agricultura, produção animal e pesca’, equivalente a cerca de 35% do sector, muito acima da média do Oeste (9%). “O escoamento destes produtos é feito em fresco, com necessidade de boa e rápida acessibilidade aos centros de distribuição, estando os operadores locais a competir em condições logísticas/económicas desfavoráveis com outras regiões produtoras”, destaca a moção.

A construção do Dino Parque da Lourinhã, o único parque temático da região, e o turismo balnear que continua a ter uma elevada procura, são outros factores destacados na moção. “A Lourinhã é a única sede de concelho de todo o Oeste que, em condições normais de trânsito, se encontra a mais de 20 minutos de um acesso à A8, demorando igualmente 20 minutos no percurso da A8 até à entrada em Lisboa”, sublinha a FAERO.

A FAERO junta 10 associações empresariais sediadas nos concelhos de Lourinhã, Bombarral, Alcobaça, Caldas da Rainha, Nazaré, Torres Vedras e Peniche. Representa mais de 3014 empresas que, em 2017, assegurou um volume de negócios superior a 9,8 milhões de euros, o que representa um peso de 2,7% no volume de negócios do nosso país.

Texto e fotografia: ALVORADA