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Urgência do Hospital de Torres Vedras lotada e a encaminhar doentes críticos para outras unidades

Hospital de Torres Urgencia

A Urgência Geral do Hospital de Torres Vedras está a reencaminhar os doentes críticos para outras unidades, devido à elevada afluência de pessoas, o que provocou o congestionamento do serviço, informou a administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

“Os doentes críticos estão a ser reencaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para outras unidades hospitalares, de acordo com a situação clínica”, confirmou à agência Lusa o conselho de administração (CA) do CHO, onde se insere o Hospital de Torres Vedras. De acordo com a administração, a Urgência Geral da Unidade de Torres Vedras “tem estado muito congestionada nos últimos dias, devido à elevada afluência de doentes”, situação que motivou o reencaminhamento dos pacientes críticos.

Num mail enviado à Lusa, o CHO clarificou que “as urgências não estão encerradas, mas apenas bloqueadas para o CODU/INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)”, garantindo a administração que “todos os doentes que se desloquem directamente à urgência serão admitidos”. O CA não avança datas para a regularização do serviço, estimando que “a situação seja estabilizada a breve trecho”. Não foram reveladas as causas médicas que levaram a esta elevada de afluência de utentes aos serviços hospitalares deste hospital público oestino.

A situação foi hoje denunciada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) num comunicado em que afirmava que o Serviço de Urgência estaria “encerrado às ambulâncias e aos cidadãos”. “Desde ontem [segunda-feira] à noite, dezenas de macas acumulam-se, com equipas que chegam a ser um especialista e um interno e que ainda têm de assegurar a urgência interna”, refere o comunicado publicado no ‘site’ do sindicato.

O SIM divulgou ainda um ofício enviado à presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião, em que exige a contratação de médicos, depois de ter tido conhecimento de que “as equipas do Serviço de Urgência de Torres Vedras não cumprem os níveis de segurança necessários, exigidos pelos critérios mínimos definidos pela Ordem dos Médicos”. O SIM considera tratar-se de “uma situação inadmissível, que coloca em risco a segurança na prestação de cuidados à população abrangida por esta instituição, que desde segunda-feira, por sobrelotação, não recebe doentes”. No ofício, o sindicato apela ao CA do CHO, ao Governo e à Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para que “contrate médicos, ou que crie condições que facilitem a sua contratação, para agilizar a resolução desta situação quanto antes”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)