Linhas de Torres iniciam processo de candidatura a Património Mundial da UNESCO
- Oeste
- 14/10/2020 14:45
A Rota Histórica das Linhas de Torres começou a preparar a candidatura a Património Mundial da UNESCO, disse hoje o seu presidente, José Alberto Quintino, a seis dias do Dia Nacional das Linhas de Torres.
O presidente da Rota Histórica das Linhas de Torres - Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedrasm e da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço, disse à agência Lusa que "foi deliberado em reunião de direcção que a rota seja candidata à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura [UNESCO]", tendo para tal pedido aos técnicos dos municípios para começarem a elaborar o dossiê de candidatura.
O património histórico associado às Linhas de Torres Vedras está a ser sujeito a melhorias resultantes de 1,5 milhões de euros de financiamento comunitário, obtido para investir na qualificação da oferta e na promoção como produto turístico.
Até 2021, os seis municípios associados estão a trabalhar em parceria para proteger e valorizar o património cultural e natural das Invasões Francesas e da Guerra Peninsular, enquanto factor de desenvolvimento dos respectivos territórios, criar em torno desse património um produto turístico e dinamizá-lo através de recriações históricas e outros eventos temáticos.
Em 2010, ano em que se comemoraram os 200 anos da construção das linhas defensivas, foram inauguradas obras de recuperação, e centros de interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros.
Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria ‘Conservação’, e a Assembleia da República instituiu o 20 de Outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres. Em Março deste ano foram classificados como Monumento Nacional os 114 fortes e estradas militares que integram as chamadas Linhas de Torres Vedras, que recebem por ano pelo menos cerca de 10 mil visitantes.
As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das Invasões Francesas, para defender Lisboa das forças napoleónicas entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.
A Associação da Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras é composta pelos municípios de Torres Vedras, Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira.