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Construção do novo Hospital do Oeste está no programa do Governo entregue hoje na Assembleia da República

Ministerio da Saude

A construção do novo Hospital do Oeste integra o programa do XXV Governo Constitucional que foi entregue hoje na Assembleia da República. O documento, consultado pelo ALVORADA, não explicita a localização da futura unidade hospitalar, mas o Hospital do Oeste está entre os novos hospitais que o Governo pretende “concretizar”: Hospital de Todos os Santos (Lisboa), Hospital Central do Algarve, Hospital Barcelos-Esposende, Hospital do Seixal, Hospital de Póvoa do Varzim (Vila do Conde) e abertura do novo Hospital de Évora e de Sintra. Está também incluído no programa de Governo concretizar as obras de ampliação e modernização do Hospital de São Teotónio (Viseu), Hospital Dr. José Maria Grande (Portalegre), Hospital José Joaquim Fernandes (Beja), Hospital de Santa Luzia (Viana do Castelo), Hospital de Aveiro, bem como da construção da Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra.

Recorde-se que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconduzida no cargo pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, tinha prometido aos autarcas do Conselho Intermunicipal da OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste, que até 30 de Junho revelaria a localização do novo Hospital do Oeste. Isto depois de ter decidido fazer marcha-atrás da decisão tomada pelo seu antecessor socialista Manuel Pizarro, que tinha decidido que o novo Hospital do Oeste ficaria no Bombarral, mais concretamente na Quinta do Falcão, junto ao Estádio Municipal. Este anúncio foi feito à comunicação social após reunir com o Conselho Intermunicipal da OesteCIM, nas Caldas da Rainha, e posteriormente na Comissão Parlamentar da Saúde, aquando da discussão do Orçamento de Estado do último ano do Governo de António Costa. Pelo meio registou-se a polémica suscitada pelo Município de Caldas da Rainha, acompanhado pela Câmara Municipal de Óbidos, que colocou em causa o estudo encomendado pela OesteCIM à Universidade Nova de Lisboa, que apontou o Bombarral como a melhor localização para receber o novo Hospital do Oeste. Um estudo encomendado pela autarquia caldense à consultora privada CEDRU - Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, defende que o novo equipamento hospitalar oestino deve ser edificado na confluência dos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, junto à Linha do Oeste.

Em ano de eleições autárquicas, a decisão do Governo em relação a este dossiê é esperada com muita e expectativa, pois poderá ter fortes implicações junto das candidaturas sociais-democratas no Bombarral e nas Caldas da Rainha, cujo partido luta por recuperar as presidências de ambos os municípios. Apesar de ter sido aprovada por uma larga maioria pela Assembleia da República uma recomendação para que o novo Hospital do Oeste seja construído no Bombarral, Hugo Oliveira, deputado e candidato à Câmara Municipal das Caldas da Rainha pelo PSD, é uma das vozes mais acérrimas do partido para que a nova unidade hospitalar seja construída no seu concelho. Também no Bombarral, o candidato social-democrata e presidente da Assembleia Municipal, Élio Leal, tem sido um dos militantes mais activos na defesa da escolha do seu concelho para receber o futuro investimento público regional e que nesta matéria acompanha o presidente de câmara e rival político socialista Ricardo Fernandes. Qualquer que seja a decisão de Ana Paula Martins, um dos candidatos sairá a perder e ficará com um grande problema entre mãos para a argumentação na disputa eleitoral. A não ser que, por conveniência política, a ministra adie a decisão para depois das eleições autárquicas, que deverão ser marcadas pelo Governo para o período entre 22 de Setembro e 14 de Outubro.

O programa do Governo foi entregue hoje na Assembleia da República, com o ministro dos Assuntos Parlamentares a afirmar que é um documento para quatro anos e que visa verdadeiramente transformar o país. Carlos Abreu Amorim entregou o documento à primeira vice-presidente do Parlamento, a social-democrata Teresa Morais, na sala de visitas do presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco. Em declarações aos jornalistas após a entrega formal, o ministro disse que este é um programa para quatro anos que assenta sobre uma agenda transformadora, um plano de reforma do país.

Texto: ALVORADA com agência Lusa