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Unidade Local de Saúde do Oeste expande projecto de telereabilitação ao Hospital de Torres Vedras

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Depois do Hospital das Caldas da Rainha, o Hospital de Torres Vedras vai disponibilizar aos utentes o projecto de Telereabilitação na área da Fisioterapia, iniciado em 2020 numa parceria com a plataforma Clynx Health, informa a ULSO - Unidade Local de Saúde do Oeste em comunicado enviado ao ALVORADA. “A expansão deste projecto inovador irá também proporcionar o acesso aos utentes da região sul da área de abrangência da Unidade Local de Saúde do Oeste”, refere a instituição pública pela gestão dos três hospitais públicos da nossa região.

Recorde-se que o projecto de Fisiotelereabilitação da ULS do Oeste, iniciado em plena pandemia em 2020 na Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha, sob orientação da fisioterapeuta-coordenadora, a lourinhanense Leonor Adrião, foi expandido no mesmo ano à Unidade Hospitalar de Peniche. Após alargamento em Agosto do ano passado aos Cuidados de Saúde Primários da região norte (concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral e Peniche), o projecto vê agora a sua transferibilidade para a Unidade Hospitalar de Torres Vedras (concelhos da Lourinhã, Torres Vedras, Cadaval e Sobral de Monte Agraço). “Prevê-se que o projecto também se estenda aos Cuidados de Saúde Primários da região sul da área de referenciação da ULS Oeste, a breve trecho”, garante a ULSO.

A telereabilitação como abordagem inovadora e sustentável na área da saúde, reduz a pegada de carbono ao diminuir a necessidade de deslocação, promove a eficiência energética através das tecnologias de informação, optimiza o tempo com horários flexíveis e aumenta o envolvimento dos doentes com as sessões personalizadas e gamificadas. Mantendo o foco na centralidade no utente, no seu bem-estar e na sua responsabilização como parte integrante do tratamento, transforma a Fisioterapia da Unidade Local de Saúde do Oeste num exemplo de inovação, responsabilidade ambiental e cuidado com o Planeta.

A instituição informa ainda que em cinco anos de implementação do projecto na ULS do Oeste, foram acompanhados 226 utentes, permitindo reduzir a pegada ecológica associada à prestação de cuidados de saúde em cerca de 62.560,2 Km. “No que concerne ao grau de satisfação dos utentes, os dados estatísticos recolhidos indicam um grau de motivação de 84% e uma satisfação de 9/10”, destaca. A realização de sessões de fisioterapia assíncronas por meio da telereabilitação, utilizando a gamificação, promove melhores resultados em saúde e permite acompanhar um maior número de utentes simultaneamente, reservando a intervenção directa dos fisioterapeutas para casos mais específicos. É adequado para todas as faixas etárias, facilitando uma melhor integração da vida do utente com a intervenção terapêutica.

Na Unidade Hospitalar de Torres Vedras verifica-se a possibilidade de intervir no utente numa fase mais precoce da sua condição clínica, bem como alargar a mais patologias. O principal objectivo é dar resposta às camadas mais jovens da população, permitindo-lhes conciliar os desafiantes horários escolares com o seu tratamento em fisioterapia. A diversificação de patologias a tratar, bem como a possibilidade de se oferecer um regime misto, ou seja, um dia presencial e todos os outros em casa, representa uma evolução deste projecto. Do mesmo modo, observa-se uma redução significativa do absentismo laboral, permitindo que os utentes mantenham as suas actividades profissionais enquanto recebem tratamento.

Ainda segundo a ULSO, pretende-se que o utente seja acompanhado diariamente pelo fisioterapeuta através da plataforma, com uma prestação de cuidados personalizados, seguros e confiáveis, com possibilidade de ajustar o plano terapêutico de acordo com o feedback dado pelo utente. No final do plano de exercícios, o utente é reavaliado para ajuste da decisão terapêutica ou alta, assim como para entrega do sensor de movimento à instituição. “Desta forma, o projecto de Fisiotelereabilitação da ULS Oeste tem um grande potencial de replicação nacional e internacional, correspondendo efectivamente a uma das melhores políticas públicas de inovação e práticas digitais sustentáveis”, frisa a instituição liderada por Elsa Baião.

A plataforma Clynx Health é considerada uma solução digital que permite tornar a fisioterapia uma experiência agradável para os pacientes, sendo particularmente dirigida a clínicas, hospitais, centros de reabilitação, lares de idosos, farmácias e fisioterapeutas.

Texto: ALVORADA com comunicado e fotografia da ULSO