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Novo caso de gripe das aves detectado no concelho das Caldas da Rainha

DGAV

A gripe das aves foi detectada numa exploração de galinhas, patos e gansos no concelho de Albergaria-a-Velha, em Aveiro, e numa ave selvagem nas Caldas da Rainha, anunciou a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). “[…] Foi confirmado um novo foco de infecção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa capoeira doméstica situada na freguesia de Angeja, concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro”, lê-se numa nota da DGAV. A exploração tem galinhas, patos e gansos. As medidas de controlo implementadas incluem a inspecção dos locais onde a doença foi detectada, a remoção dos animais afectados e a limpeza e desinfecção, bem como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações de aves existentes nas zonas de restrição (num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detectado na capoeira doméstica).

Numa outra nota, a DGAV revelou que foi também detectado o vírus numa ave selvagem - corvo-marinho-de-faces-brancas -, nas Caldas da Rainha.

Perante a circulação do vírus da gripe aviária, a DGAV voltou a apelar a todos as pessoas que tenham aves para cumprir as medidas de segurança, como o confinamento das aves detidas em Portugal continental. Acresce o cumprimento das medidas de biossegurança e das boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens. Os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e materiais devem ser reforçados.

No final de Janeiro, a gripe das aves foi confirmada numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho das Caldas da Rainha. Um dos focos foi detectado numa capoeira doméstica na União das Freguesias de Tornada e Salir do Porto. O outro foi confirmado em aves do lago que fica no Parque Urbano D. Carlos I.

No mesmo mês, tinha sido anunciada a confirmação de um foco de gripe aviária numa pequena exploração de galinhas, patos e gansos, em Sintra, onde já tinha sido detectado um caso no início do mês. No dia em que foi confirmado este primeiro caso, a DGS - Direcção-Geral da Saúde esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infecção por este vírus (H5N1). A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infecção pode levar a um quadro clínico grave. A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infectados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infectados ou ambientes contaminados.

Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infecção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detectados na Europa, entre Outubro de 2024 e Janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália. A gripe das aves já afectou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.

Texto: ALVORADA com agência Lusa