Obra de Carlos Bunga em destaque na exposição que retrata e percorre 74 anos da história das Caldas da Rainha
- Categoria: Oeste
- 28/11/2024 11:56
Será inaugurada esta quinta-feira a exposição ‘74 x Caldas Uma ideia clara? Culturgest | Colecção Caixa Geral de Depósitos’, que propõe uma reflexão sobre a identidade e a memória do trabalho artístico individual e colectivo produzido ou apresentado nas Caldas da Rainha, ao longo de 74 anos (1950 a 2024). A inauguração decorre pelas 16h00, na Biblioteca da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Instituto Politécnico de Leiria, seguindo-se uma visita à restante exposição, no Centro de Artes das Caldas da Rainha.
A exposição, integrada na Agenda Cultural do IPLeiria, pode ser visitada até ao dia 3 de Março, sendo que, na Biblioteca da ESAD.CR, o destaque vai para uma obra comissionada de Carlos Bunga, antigo estudante do Politécnico de Leiria, que venceu o Prémio EDP Novos Artistas em 2003 e o Prémio AICA/MC/Millenium BCP em 2023. As suas obras, orientadas para o processo, são criadas no cruzamento dos campos disciplinares e formatos da escultura, pintura, desenho, performance, vídeo, resultando muitas vezes em instalações in-situ de forte componente arquitetónica.
O artista, que viveu na Lourinhã, utiliza recursos simples e despretensiosos, tais como papel, cartão de embalagem, fita adesiva e tinta industrial, “com os quais ensaia gestos simples e monumentais, delicados e robustos, intuitivos e ascéticos, em acções de fazer e desfazer, sobrepor e acumular, que valorizam o tempo, a cor e a poética dos materiais”, é revelado num comunicado da ESAD.CR enviado ao ALVORADA.
Após a inauguração na Biblioteca da ESAD.CR terá lugar, pelas 17h00, uma visita à restante exposição, no Centro de Artes das Caldas da Rainha: Museu Leopoldo de Almeida, Atelier-Museu António Duarte e Espaço Concas.
Tomando como âncora episódios históricos como o Estúdio SECLA (1950-1960), o Caldas 77: IV Encontros Internacionais de Arte em Portugal, a Bienal Internacional de Escultura das Caldas (1985-1997), a criação da ESTGAD/ESAD.CR (1990), a Galeria dos 30 Dias (2000), o Jardim da Água (décadas de 90 a 2000), o Caldas Late Night (1997-2024) ou o Slow Motion (2000-2003), a exposição “parte de uma selecção de obras da Colecção da CGD de artistas que têm, ou tiveram, contacto com as Caldas da Rainha e que permitem contar uma história da arte e dos acontecimentos artísticos em Portugal a partir desta cidade”, adianta o comunicado.
A mostra apresenta 43 obras da Colecção da CGD, de 25 artistas: Adriana Proganó, Albuquerque Mendes, Ana Vidigal, Ana Vieira, Armanda Duarte, Bartolomeu Cid dos Santos, Bruno Pacheco, Catarina Lopes Vicente, Clara Menéres, Fernando Travassos, Filipa César, Francisco Queirós, Hansi Staël, Hugo Canoilas, João Gabriel, João Paulo Feliciano, Jorge Queiroz, Júlio Pomar, Luís Ferreira da Silva, Paulo Quintas, Pedro Cabrita Reis, Pedro Diniz Reis, Ricardo Jacinto, Von Calhau!, Zé Júlio.
Conta ainda com a participação de outros artistas ou colectivos fundamentais para a leitura desta história, cujos percursos se iniciaram na ESAD.CR, como é o caso de Carlos Bunga, Pizz Buin e Sara & André, que produziram obras especificamente para a exposição ou participam num programa de conversas públicas.
A curadoria é colectiva, estando a cargo dos estudantes da turma de 2023/2024 da licenciatura em Programação e Produção Cultural da ESAD.CR, com a professora Lígia Afonso: Ana Yse Rocha, Angela Pinciotti, Carlos Cordeiro, Carolina Morais, Francisca Caridade, Inês Dias, João Grilo, Leonor Dias, Leonor Lima, Lígia Afonso, Maria Jesus, Maria Veloso, Matilde Maia, Sara Silva, Roberto Domingues e Violeta Gregório.
A exposição pode ser visitada de quarta a segunda-feira, das 09h00 às 12h30 e das 15h00 às 17h30, encerrando às terças-feiras e feriados. Entre os dias 23 de Dezembro e 1 de Janeiro, inclusive, a Biblioteca da ESAD.CR encontra-se encerrada.